A processão do Absoluto: notas sobre Merleau-Ponty e Schelling
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2019v26n49ID13641Palavras-chave:
Absoluto, Dialética, História, Temporalidade, Infinitude, FenomenologiaResumo
O presente artigo busca analisar as relações entre Merleau-Ponty e Schelling a partir de um ângulo diferente dos (poucos) trabalhos dedicados a essa questão, os quais costumam se limitar à retomada por parte de Merleau-Ponty da primeira filosofia da natureza de Schelling. Analisaremos tais relações tomando como fio condutor a ideia schellinguiana de Absoluto e como ela é retomada por Merleau-Ponty na medida em que implica uma concepção não-separada do Absoluto e, ipso facto, sua temporalização e historicização — o que não significa, é claro, uma recaída no relativismo, mas uma elaboração ontológica (e “dialética”, se se quiser, mas em um sentido a ser precisado no texto) que supera as dicotomias clássicas entre universalidade e singularidade, infinitude e finitude, temporalidade e eternidade etc., articulando-as dinamicamente no interior do Absoluto como unidade que exige a diferenciação e a multiplicidade.
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