Políticas de golpe - sobre o poder de voz e o poder de silenciamento
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2020v27n52ID19668Palavras-chave:
poder, política, distinção público/privado, feminismoResumo
A proposta deste artigo é refletir sobre os significados engendrados pela voz masculina como a voz do poder por excelência, sinônima de voz pública e de legitimidade política cuja outorga é atribuída em detrimento das vozes femininas ou femininizadas, relegadas ao silêncio da domesticidade. Tais significados são construídos a partir da distinção público-privado-doméstico, oriunda das teorias políticas contratualistas modernas e da imposição social e econômica do capitalismo compreendido como fenômeno de contrarrevolução às lutas sociais anti-feudais. Tais significados reproduzem, sob a luz de uma conceituação aparentemente emancipatória, as imagens de exclusão e silenciamento presentes nos castigos mitológicos impostos sobre mulheres como Io, Eco e Filomela, e que repercutem nas políticas misóginas de texto e de linguagem vivenciadas contemporaneamente por mulheres na política.
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