Lugar Comum Paradoxal e o Prestígio do Riso:
a via de uma feminilidade sofística
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2023v30n63ID29077Palavras-chave:
Sofística, Feminilidade, Equívoco ab-senso, Corpo, Lugar comumResumo
Interpretar a passagem de Barbara Cassin da ontologia à logologia sofística, do gozo do ser ao gozo do corpo, exige uma secundariedade crítica, na via significante de uma feminilidade sofística. Trata-se de desconfinar o logos da idiotia do privado com seu gozo dito fora do corpo, o mais baixo grau de liberdade. Um desafio decolonial, desvio da relação sexual à relação modernidade/colonialidade, ambas furadas. Como estratégia, nem fórmula positiva e nem negativa, mas uma operação subtrativa. Literalmente, uma saída pelo equívoco ab-senso ao plural das diferenças, prestigiando-se não a angústia, mas o riso.
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