A relação mente-corpo
entre o dualismo substancial e o monismo reducionista
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2023v30n62ID29573Palavras-chave:
Relação mente-corpo, Dualismo substancial, Reducionismo, Thomas Nagel, Teoria do aspecto dualResumo
A relação mente-corpo é um dos problemas componentes da agenda da filosofia. Na modernidade, Renê Descartes foi um dos que trataram da questão, adquirindo bastantes adeptos e críticos. Ele defende uma abordagem dualista substancial, segundo a qual mente e corpo são entes substancialmente distintos. Uma visão oposta a essa é defendida pelas perspectivas fisicalistas reducionistas, segundo as quais, de modo geral, toda a realidade é ou pode ser reduzida, ontológica e/ou epistemologicamente ao físico, de modo a dissolver o problema da relação mente-corpo. Ambas as visões apresentam controvérsias. A dualista cartesiana, por afirmar que a mente pertence a um plano metafísico, não consegue explicar como seria possível a interação entre uma entidade imaterial e uma material. As de cunho fisicalista, com frequência, desconsideram processos mentais subjetivos, dada a dificuldade de sua redução aos termos físicos. Outra perspectiva explicativa do mental, denominada teoria do aspecto dual, pretende ser um meio termo entre os fisicalismos e o dualismo substancial. Analisamos algumas das principais correntes de pensamentos dentro da filosofia da mente buscando apresentar, de maneira simples, o quão plural são as perspectivas que tratam do mesmo objeto de pesquisa, qual, seja a mente, tratando em particular da relação entre a mente o corpo.
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