PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS DE CAVIDADE ORAL E OROFARINGE DIAGNOSTICADOS NA LIGA MOSSOROENSE DE ESTUDOS E COMBATE AO CÂNCER
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-7286.2022v8n1ID24820Resumo
RESUMO
Introdução: O carcinoma de células escamosas (CCE) de cavidade oral e orofaringe é uma neoplasia epitelial maligna comum, respondendo por 90 a 95% dos tumores de cabeça e pescoço encontrados no Brasil e no Reino Unido, sendo que, em 2020, houveram 3300 novos casos de tumor de boca na região Nordeste e 300 no Rio Grande do Norte. Ele está ligado a hábitos comportamentais, como tabagismo e etilismo de longa data e à infecção por Papilomavírus humano (HPV), além de apresentar considerável mortalidade. Objetivos: Esse estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com essa neoplasia no período entre 2006 a 2018 na Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC), Mossoró, RN. Metodologia: Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo observacional com delineamento transversal a partir de dados presentes nos prontuários clínicos e laudos anatomopatológicos pertencentes à LMECC e no Sistema de Informações sobre Mortalidade. Os dados foram analisados a partir do Software R, utilizando o teste de Wilcoxon-Mann-Whitney para as análises inferenciais e o método de Kaplan-Meier para análise da sobrevida. Resultados: Durante o estudo, foram analisados 353 prontuários, sendo 128 excluídos. Do total de prontuários analisados, 70,22% eram de homens, 65,33% com idade entre 46-70 anos e com predomínio da cor branca (51,57%). Destes, 25,78% eram tabagistas e 39,11% tabagistas e etilistas. O principal tratamento identificado foi a associação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Observou-se 49,10% óbitos em decorrência deste tipo de câncer. O principal estádio patológico encontrado foi o IVA (34,22%). Apresentaram maior sobrevida em 60 meses, os pacientes com mais de 70 anos ao diagnóstico, aqueles cujo tratamento foi exclusivamente cirúrgico e, ao considerar os hábitos comportamentais, notou-se menor sobrevida em 60 meses daqueles indivíduos que tinham hábito de etilismo e tabagismo. Conclusões: Nossos resultados sugerem que a grande quantidade de óbitos encontrados decorreu do CCE e que os hábitos comportamentais provavelmente influenciaram esse desfecho clínico. Ademais, destaca a importância do diagnóstico precoce a fim de reduzir óbitos e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos e a necessidade de implementação de campanhas educativas que informem a população sobre os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento dessa neoplasia.
Palavras-Chave: Carcinoma de Células Escamosas de Cabeça e Pescoço; Carcinoma de Células Escamosas; Neoplasias Bucais; Neoplasias Orofaríngeas; Epidemiologia
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