ANÁLISE ESPACIAL DA MORTALIDADE EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS NO BRASIL: INDICADORES SOCIAIS E ASSISTENCIAIS DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-7286.2022v8n3ID26740Resumo
Introdução: As taxas de mortalidade de crianças, em todo o mundo, configuram-se como indicadores da qualidade de vida e saúde em um país, visto que esse público possui vulnerabilidades e necessidades especiais, associadas às condições sociais e econômicas dispostas para a população. Diante disso, é de extrema importância a análise da mortalidade na infância, no Brasil e regiões. Objetivo: Avaliar a espacialização do coeficiente de mortalidade em crianças entre um e cinco anos no Brasil e seus indicadores sociais e assistenciais de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, de tendência temporal e correlação espacial realizado no Brasil, com a população de crianças de 1 a 5 anos, sendo utilizadas informações do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM/DATASUS). Para a análise, foram usados os softwares Microsoft Excel e Statistical Package for the Social Sciences. O TerraView foi empregado para realização da distribuição da taxa de mortalidade e a dependência espacial foi medida pelo coeficiente de autocorrelação global de Moran. Resultados: A média do coeficiente de mortalidade na infância, de crianças entre um e menores de cinco anos, apresentou um perfil decrescente no período de 2008 a 2015. Em 2016, no entanto, foi observada uma elevação substancial dos óbitos em crianças na faixa etária estudada. A região Norte e Nordeste do Brasil apresentaram os maiores índices de mortalidade, enquanto que os estados do Sul e Sudeste apresentaram menos óbitos para crianças entre um e menores de cinco anos. Conclusões: Apesar da queda nas taxas de mortalidade na infância, ao longo dos anos, ainda há um longo caminho para percorrer em relação a diminuição dos casos, em especial na região Norte e Nordeste do Brasil. Apesar dos pactos criados pelo governo e da ampliação nos serviços de saúde, em específico da atenção básica, os números altos de óbitos, nesta faixa etária, podem ser relacionados com a diminuição da cobertura vacinação, assim como pelo alto número de fatores externos.
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