AVALIANDO O PRONAF A PARTIR DA ÓTICA DAS DESIGUALDADES INTER-REGIONAIS NA DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS, 2005 A 2010.

Autores

  • Francisca Suerda Soares de Oliveira UFRN
  • João Matos Filho UFRN

Resumo

O presente artigo é resultado das discussões do Grupo Interdisciplinar de Estudos e Avaliação de Políticas Públicas (GIAPP), constituído por professores e alunos da graduação e da pós-graduação das Universidades Federal e Estadual e do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte. Busca analisar as desigualdades inter-regionais na distribuição de recursos do Programa Nacional de Fortalecimento a Agricultura Familiar – PRONAF – caracterizado como uma Política Pública que consiste no fornecimento de crédito agrícola e apoio institucional para os agricultores familiares que se encontram em dificuldades de manter-se no campo. Política Pública implementada efetivamente em 1996 no governo de Fernando Henrique Cardoso, e desde sua criação até os dias atuais o programa vem passando por mudanças de adequação da realidade econômica do país, porém tais mudanças não levam em consideração as disparidades horizontais das jurisdições da Federação Brasileira. A garantia de financiamento, nas suas diversas modalidades, é em geral reconhecida como a principal ação executada pelo PRONAF com vistas ao fortalecimento da agricultura familiar. O PRONAF entrou na agenda decisória do governo com o objetivo de “promover o desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído pelos agricultores familiares, de modo a propiciar- lhes o aumento da capacidade produtiva, a geração de empregos e a melhoria de renda”; e, finalmente, considerando que os resultados do PRONAF são bastante


diferenciados entre regiões, estados, microrregiões e municípios dentro de cada estado, indaga-se, como questão de pesquisa: Por que a distribuição dos recursos entre as regiões são tão diferenciadas, particularmente no Nordeste e Sul do país? Com isso, que fatores explicam esta diferenciação? Algumas das hipóteses são: maior grau de organização dos agricultores do Sul, que estão subsidiados por uma forte organização institucional, em forma de sindicatos e cooperativas, elevada capacidade de endividamento, amplo acesso as informações e assistência técnica. Para atender os fins objetivados, será esboçado graficamente o comportamento do PRONAF no Brasil e suas regiões, no que se refere à quantidade de recursos financiados, número de contratos firmados e valores médios desses contratos. A metodologia usada apresenta um caráter quantitativo e qualitativo onde é examinada a relação entre as variáveis estudadas através de procedimentos de estatística descritiva. Assim, verifica-se que o PRONAF é uma Política Pública de abrangência nacional, apesar de não se mostrar na mesma medida entre as regiões do território brasileiro, não se pode negar que o programa representou um marco para a nova forma da agricultura brasileira, pelo seu ineditismo em colocar o agricultor familiar como protagonista do desenvolvimento regional local.

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Biografia do Autor

Francisca Suerda Soares de Oliveira, UFRN

Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

João Matos Filho, UFRN

Professor de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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Publicado

30-03-2016

Como Citar

OLIVEIRA, F. S. S. de; MATOS FILHO, J. AVALIANDO O PRONAF A PARTIR DA ÓTICA DAS DESIGUALDADES INTER-REGIONAIS NA DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS, 2005 A 2010. Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho, [S. l.], v. 2, n. 1, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/rerut/article/view/16681. Acesso em: 21 nov. 2024.