Uma revisão dos acidentes em barragens de rejeito de mineração da América do Sul e o cenário brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.21680/2447-3359.2022v8n1ID25727Resumo
Este artigo tem por objetivo analisar os acidentes de barragens de rejeito de mineração na América do Sul nos séculos XX e XXI e avaliar o cenário atual das barragens brasileiras. Através de pesquisa na literatura pode-se verificar que existem atualmente 769 barragens de rejeito registradas no Brasil, sendo 425 inseridas na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e 344 não inseridas. O método construtivo mais empregado é a execução em etapa única, sem alteamentos, representando 48,0% das barragens inseridas na PNSB e 60,2% das barragens não inseridas na PNSB. A partir da análise dos acidentes na América do Sul, observou-se que o país com maior frequência de acidentes foi o Brasil e a maior parte dos casos ocorreu na década de 2010. Além disso, 72,0% das barragens que sofreram acidentes foram construídas pelo método de alteamento à montante, o que vai de encontro ao que estabelece a literatura técnica, sobre o maior risco de instabilidade em barragens construídas através deste método.