SATISFAÇÃO COM O AMBIENTE DA CIDADE PEQUENA

ASPECTOS QUE INFLUENCIAM A PERCEPÇÃO DE MORADORES E VISITANTES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2448-296X.2020v5n2ID19876

Palavras-chave:

cidade pequena, ambiente, percepção, satisfação, participação do usuário

Resumo

Existem cidades pequenas que apresentam potenciais turísticos, gastronômicos, culturais, religiosos ou rurais que atraem visitantes e agradam moradores. Diante disso, seria importante conhecer os aspectos capazes de influenciar na satisfação dos usuários. Como objetivo geral, busca-se identificar quais características relacionadas com diferentes aspectos influenciam no nível de satisfação de moradores e visitantes com o ambiente da cidade pequena. A abordagem metodológica é qualitativa e quantitativa, utilizando métodos e técnicas da Percepção Ambiental e das Relações Ambiente Comportamento. O tipo de pesquisa é um estudo de caso, em dois locais investigados: as cidades de Nova Palma e de Silveira Martins, localizadas na região central do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram realizados levantamentos físicos, fotográficos e observações que complementaram, de modo qualitativo, os dados obtidos pelo questionário. Ao todo, 127 questionários nas duas cidades, para os dois grupos de usuários, forneceram dados quantitativos, analisados posteriormente através do software IBM SPSS Statistics, complementados pelas análises qualitativas. O ambiente das duas cidades foi avaliado positivamente pelos dois grupos de usuários, sendo que os visitantes tendem a avaliar mais positivamente que os moradores. As características físicas e associativas influenciam na avaliação da qualidade do ambiente da cidade pequena. No entanto, a ênfase das características relacionadas com diferentes aspectos que influenciam na satisfação com o ambiente varia entre os grupos de usuários.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Auriele Fogaça Cuti, Universidade Federal de Pelotas

Mestra em Arquitetura e Urbanismo pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas (PROGRAU/UFPel), na linha de pesquisa de Percepção e Avaliação do Ambiente pelo Usuário, onde desenvolveu pesquisa sobre percepção ambiental em cidades pequenas. Possui especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Franciscana (2017), graduação no Programa Especial de Graduação de Formação de Professores para a Educação Profissional da Universidade Federal de Santa Maria (2017) e graduação em Arquitetura e Urbanismo também pela Universidade Federal de Santa Maria (2014). Tem interesse por estudos relacionados à paisagem e ao planejamento urbano de cidades pequenas, especialmente aquelas que apresentam fluxo significativo de visitantes, percepção ambiental, acessibilidade, avaliação pós ocupação e pesquisas sobre engenharia de segurança do trabalho.

Filipe Bassan Marinho Maciel, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Maria (2014) e mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2018). Foi professor substituto do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Maria (2017-2019). Atualmente é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2019). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: desenho urbano, morfologia urbana e copresença.

Natalia Naoumova, Universidade Federal de Pelotas

Professora associada da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Membro do corpo docente permanente do Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PROGRAU - UFPEL, Pelotas). Possui doutorado em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil (2009); mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Tecnica do Extremo Oriente, Vladivostok, Russia (1984); aperfeiçoamento em Design pelo Instituto Superior de Artes e Oficios de Moscou, Russia (1994); graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Tecnica do Extremo Oriente, Vladivostok, Russia(1982). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nas seguintes áreas: ambiente comportamento, percepção, cognição, estetica, cor em arquitetura, patrimônio, paisagismo, análise cromática, envelhecimento, idosos.

Referências

ADESM - Agência de Desenvolvimento de Santa Maria. Santa Maria em Dados. Santa Maria, 2018. Disponível em:< http://santamariaemdados.com.br/>. Acesso em 24 nov. 2018.

ALEXANDER, C.; et al. Uma linguagem de Padrões: A Pattern Language. Porto Alegre: Bookman, 2013.

ATLAS SOCIOECONÔMICO DO RIO GRANDE DO SUL. Rede e hierarquia urbana. Disponível em: <http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br/rede-e-hierarquia-urbana>. Acesso em 23 mai. 2018.

BOLFE, S. A.; SPOLAOR, S. O espaço urbano e o espaço rural da/na região da Quarta Colônia: significando a pequena cidade. In: Bevilacqua, D.; Rorato, G. Z.; Colusso, I. (org.). Quarta Colônia: construção do planejamento municipal e regional. Porto Alegre: Livraria do Arquiteto, 2010, Cap. 1, p. 23-34.

CASTELLO, L. A percepção de lugar: repensando o conceito de lugar em arquitetura e urbanismo. Porto Alegre: PROPAR – UFRGS, 2007.

CORRÊA, R. L. Perspectivas da urbanizacao brasileira: uma visão geográfica para o futuro próximo. In: PEREIRA, E. M; DIAS, L. C. D. (orgs.). As cidades e a urbanizacao no Brasil: passado, presente e futuro. Florianópolis, Insular, 2011.

FRESCA, T. M. Em defesa dos estudos das cidades pequenas no ensino de geografia. Geografia (Londrina), v. 10, n. 1, p. 27-34, 2001. Disponível em:< http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/article/view/10212/9028>. Acesso em 17 nov. 2018.

GREEN, R. Meaning and form in community perception of town character. Journal of Environmental Psychology, n. 19, p. 311-329, 1999.

HASHEMNEZHAD, H.; HEIDARI, A. A.; HOSEINI, P. M. “Sense of Place” and “Place Attachment. International Journal of Architecture and Urban Development, v. 3, n. 1, p. 5-12, 2013.

HERSHBERGER, R. G. A study of meaning and architecture. In: Environmental Aesthetics, Theory, Research and Applications. New York: Cambridge University Press, 1992; 175-194.

HERSHBERGER, R. G.; CASS, R. C. Predicting user responses to buildings. In: Environmental Aesthetics, Theory, Research and Applications. New York: Cambridge University Press, 1992; 195-211.

HERZOG, T. R. A cognitive analysis of preference for urban spaces. Journal of environmental psychology, v. 12, n. 3, p. 237-248, 1992.

HERZOG, T. R.; LEVERICH, O. L. Searching for legibility. Environment and Behavior, v. 35, n. 4, p. 459-477, 2003.

HILLIER, B; HANSON, J. The social logic of space. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.

IBGE ¬– INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cidades. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/>. Acesso em 08 fev. 2020.

KOHLSDORF, M. E. A apreensão da forma da cidade. Brasília: Editora UnB, 1996.

LANG, J. Creating architectural theory: The role of the Behavioral Sciences in Environmental Design. New York: Van Nostrand Reinhold Company, 1987.

MORAGAS, C. R. Ciudad, cultura y turismo: calidad y autenticidade. In Boletín del Instituto Andaluz del Patrimonio Historico, Año IX, número 36, Septiembre. Sevilla: Instituto Andaluz del Patrimonio Historico, 2001. Disponível em: <http://www.iaph.es/revistaph/index.php/revistaph/article/view/1226/1226#.WULa4mjyvIV>. Acesso em 17 jun. 2017.

NASAR, J. L. Urban design aesthetics: The evaluative qualities of building exteriors. Environment and behavior, v. 26, n. 3, p. 377-401, 1994.

NETTO, V. M. Cidade & Sociedade: as tramas da prática e seus espaços. Porto Alegre: Editora Sulina, 2014.

PORTEOUS, J. D. Environmental Aesthetics: ideas, politics and planning. London: Routledge, 1996.

RAPOPORT, A. The meaning of the built environment: a nonverbal communication approach. Tucson: The University of Arizona Press, 1990.

REIS, A.; LAY, M. C. As técnicas de APO como instrumento de análise ergonômica do ambiente construído. In: III Encontro Nacional – I Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído. ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. Gramado, 1995.

SANTOS, M. Espaço e sociedade: ensaios. Petrópolis, RJ: Vozes, 1979.

SILVEIRA MARTINS. Prefeitura Municipal de Silveira Martins. Silveira Martins: 2018. Disponível em:< http://silveiramartins.rs.gov.br>. Acesso em: 21 fev. 2018.

STAMPS, A. E. A paradigm for distinguishing significant from nonsignificant visual impacts: theory, implementation, case histories. Environmental Impact Assessment Review, v. 17, n. 4, p. 249-293, 1997.

TUAN, Y. Topofilia: Um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. Tradução de Lívia de Oliveira. São Paulo: Difel, 1980.

WOHLWILL, J. F. Environmental aesthetics: The environment as a source of affect. In: Human behavior and environment. Springer, Boston, MA, 1976. p. 37-86.

YÁZIGI, E. A alma do lugar: turismo, planejamento e cotidiano em litorais e montanhas. São Paulo: Contexto, 2001.

Downloads

Publicado

30-05-2020

Como Citar

FOGAÇA CUTI, A.; BASSAN MARINHO MACIEL, F.; NAOUMOVA, N. SATISFAÇÃO COM O AMBIENTE DA CIDADE PEQUENA: ASPECTOS QUE INFLUENCIAM A PERCEPÇÃO DE MORADORES E VISITANTES . Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 22–35, 2020. DOI: 10.21680/2448-296X.2020v5n2ID19876. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/19876. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

PESQUISA