De agências bancárias a centros culturais

o caráter simbólico da arquitetura

Autores

  • Janércia Aparecida Alves Universidade Federal de Juiz de Fora UFJFF
  • Frederico Braida Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF https://orcid.org/0000-0002-7735-8380
  • José Gustavo Francis Abdalla Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF

DOI:

https://doi.org/10.21680/2448-296X.2023v8n1ID29491

Palavras-chave:

arquitetura bancária, arquitetura simbólica, centros culturais, conversão, ressignificação

Resumo

A pesquisa aborda o tema da arquitetura bancária e suas conversões ao longo do tempo, especialmente seus novos usos como centros culturais. As grandes agências bancárias, ou seus prédios-sede, são edificações que representam o poderio das instituições financeiras, participantes das histórias das cidades onde se localizam. Registra-se atualmente menor presença de público nas suas dependências, uma tendência permanente, com clientes se valendo dos serviços virtuais ofertados. Perante tal cenário, questiona-se: qual a lógica subjacente ao processo de conversão de agências bancárias em centros culturais? Adota-se por hipótese que a arquitetura bancária, imponente e implantada em localizações privilegiadas, cujo uso seja ressignificado, venha a ser identificada como símbolo das instituições às quais se correlaciona, perpetuando seu poderio e trajetória. Tem-se como objetivo geral a compreensão do processo de conversão das agências bancárias em centros culturais, e da lógica que se aplica a essas conversões, considerando, em especial, o caráter simbólico presente na manutenção da arquitetura bancária e sua importância para a sociedade. Para atingir os objetivos, a metodologia adotada abrangeu: (i) revisão de literatura sobre arquitetura bancária e centros culturais, dos seus primórdios à contemporaneidade; (ii) realização de estudo de casos exemplares, tomando por objeto empírico três agências bancárias brasileiras, pertencentes a instituições bancárias representativas para a economia brasileira – Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Santander – justificadas por terem centros culturais implantados em suas antigas agências.

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Biografia do Autor

Janércia Aparecida Alves, Universidade Federal de Juiz de Fora UFJFF

Mestra, Universidade Federal de Juiz de Fora

Frederico Braida, Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF

Graduado em Arquitetura e Urbanismo (2005) e especialista em Moda, Cultura de Moda e Arte (2015) pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Especialista em Docência no Ensino Superior (2019) pela Faculdade de Educação São Luís. Mestre em Urbanismo pelo PROURB, FAU, Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008), com intercâmbio para Universidad de Belgrano (Buenos Aires, Argentina, 2007), pelo Projeto Alfa. Mestre (2007), Doutor (2012) e Pós-doutor (2015) em Design pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Pós-Doutor em Matemática pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. É um dos organizadores dos livros 101 CONCEITOS DE ARQUITETURA E URBANISMO NA ERA DIGITAL (ProBooks, 2016), ARQUITETURA E URBANISMO EM JUIZ DE FORA: habitação, comércio, saúde e educação (Funalfa; Ed. UFJF, 2016) e TEMAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA (Pembroke Collins, 2021). É autor do livro PASSAGENS EM REDE: a dinâmica das galerias comerciais e dos calçadões nos centros de Juiz de Fora e de Buenos Aires (editoras Ed. UFJF e Funalfa, 2012). É coautor dos livros ÁREAS VERDES EM JUIZ DE FORA (editoras Ed. UFJF e Funalfa, 2014); POR QUE DESIGN É LINGUAGEM? (RioBooks; FAPERJ, 2014 [1.ed.]; Funalfa; Ed. UFJF, 2016 [2.ed.]) e TRÍADES DO DESIGN: um olhar semiótico sobre a forma, o significado e a função" (RioBooks, 2014). É coautor de capítulos dos livros DESIGN BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO: reflexões (Estação das Letras e Cores, 2014) e UM NOVO OLHAR SOBRE O PROJETO 2: ergonomia do ambiente construído (Editora UFPE, 2014). É líder do Grupo de Pesquisa LEAUD - LABORATÓRIO DE ESTUDOS DAS LINGUAGENS E EXPRESSÕES NA ARQUITETURA, NO URBANISMO E NO DESIGN, que objetiva investigar as diversas linguagens de representação da arquitetura, do urbanismo e do design. É pesquisador do Grupo de Pesquisa ÁGORA, que tem como objetivo principal analisar a formação, consolidação e transformação dos diversos tipos de espaços urbanos que compõem o ambiente construído das cidades. Também é líder do [INTRA] - Grupo de Pesquisa em Arquitetura de Interiores, Design & Decoração, que tem por eixo principal de discussão o tema da arquitetura de interiores, do design de interiores e da decoração, seja no âmbito do projeto ou da reforma do ambiente construído. Tem experiência na área de Ambiente Construído, Arquitetura, Urbanismo e Design, com ênfase em linguagens, representação e educação gráfica, interiores e comércio; atuando principalmente nos seguintes temas: ensino, desenho, acessibilidade, tecnologias de informação e comunicação e cultura digital. Foi professor do Departamento de Análise e Representação da Forma da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ (2008 e 2009) e professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (2008-2010). Foi Coordenador do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu (Especialização) em Arquitetura de Interiores (2013-2014) e Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído - PROAC/UFJF (2016-2019). Também foi Chefe do Departamento de Projeto, Representação e Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Juiz de Fora - DPRT/UFJF (2016-2018). Realizou um Projeto de Colaboração Técnica com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Toledo, no Curso de Engenharia Civil (2019-2020). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Projeto, Representação e Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Juiz de Fora - DPRT/UFJF (desde 2010); Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído - PROAC/UFJF (desde 2014); Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública - PPGP/UFJF (desde 2018) . Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (desde 2020). É vice-coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF. É editor-chefe da revista científica Pesquisa e Debate em Educação.

José Gustavo Francis Abdalla, Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF

Bacharel em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1986), mestrado em Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995). Sou Professor Titular na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Juiz de Fora. Minha pesquisa se concentra em investigar espaços em edifícios de saúde, mas também inclui abordar a questão da territorialidade para esta tipologia de arquitetura. Outra área de pesquisa é o estudo da habitação de interesse social (HIS). Tenho alguns artigos que incorporam conceitos de saúde para a arquitetura e urbanismo, bem como, questões de desempenho (eficiência, eficácia e efetividade dos espaços projetados para a setor da saúde. Na HIS, os artigos discutem questões de vivência e conflitos espaciais. (Texto informado pelo autor)

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Publicado

24-01-2023

Como Citar

APARECIDA ALVES, J.; BRAIDA, F.; ABDALLA, J. G. F. . De agências bancárias a centros culturais: o caráter simbólico da arquitetura. Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, [S. l.], v. 8, n. 1, p. 53–67, 2023. DOI: 10.21680/2448-296X.2023v8n1ID29491. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/29491. Acesso em: 19 dez. 2024.