AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO COM FOCO NOS ESPAÇOS LIVRES DA ESCOLA
uma análise comportamental da EMEIF Nossa Senhora do Perpétuo Socorro II
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2023v8n1ID30295Palavras-chave:
Avaliação Pós-Ocupação, Estudo comportamental, Projeto padrão, Espaço escolarResumo
A escola é um dos espaços que mais influencia na formação de crianças e jovens, o que significa assumir que seu projeto arquitetônico não é algo trivial. Entretanto, no Brasil, é comum a estandardização de projetos escolares visando racionalizar o projeto e garantir a reprodução em larga escala do que tradicionalmente se nomeia “projeto padrão”. Para instituições que operacionalizam políticas de expansão da infraestrutura social articuladas aos fundos controlados pelo Governo Federal, a necessidade de reduzir as burocracias e controlar riscos de mal uso do dinheiro público, os “projetos padrão” se mostram saída para garantir essa extensão pelo território nacional. Porém, a expansão indiscriminada de “projetos padrão” tem acarretado a precarização das tipologias previstas e a degradação do espaço escolar, sobretudo do pátio, objeto deste artigo. O texto avalia aspectos comportamentais dos espaços livres de uma escola rural de 4 salas de aula proposta pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), fazendo uso de ferramentas de Avaliação Pós-Ocupação (APO). A escola foi construída para atender à comunidade quilombola do Itacoãzinho e à comunidade ribeirinha do Furo do Maracujá, ambas no Baixo Acará, Pará. Foram realizados/aplicados: levantamentos métricos e fotográficos, Walkthrough acompanhado por responsável, Mapas Comportamentais e Matriz de Descobertas. As análises comportamentais apresentadas como resultado da pesquisa apontam para diferenças entre o uso real e uso previsto no projeto, e para questões relacionadas à permeabilidade do espaço, às relações sociais observadas no local, ao comportamento socioespacial dos usuários e à imagem social do empreendimento.
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