A ARQUITETURA HOSPITALAR ENTRE PAREDES E PORTAIS
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2025v10n1ID35134Palavras-chave:
Espiritualidade, experiencia do usuário, arquitetura hospitalarResumo
O projeto de arquitetura para hospitais não consegue acolher e abrigar o ser humano de forma integral sem haver a devida consideração de aspectos subjetivos e comportamentais, que residem nos prismas da espiritualidade e da experiência. Por meio do diálogo entre a fenomenologia, a filosofia e a arquitetura se faz possível ampliar a forma de apreensão e concepção do espaço. Porém, a problemática do assunto não está na falta de instrumentalização adequada do projeto, mas sim na leitura da geometria como uma mera junção de pontos, linhas, planos e formas, ao invés de considerá-la como de um relato sócio-cultural de quem vivenciará o que por ela é representado. O resgate do conceito romano de Genius Loci e a ampliação do uso da topologia em arquitetura parecem ser caminhos promissores para a concepção de um projeto que visa o bem-estar do usuário. Objetivo este, ainda mais latente, quando se trata da arquitetura hospitalar.
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