A ARQUITETURA HOSPITALAR ENTRE PAREDES E PORTAIS

Autores

  • Barbara de Carvalho Universidade Federal do Pará
  • Ismael Leite UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.21680/2448-296X.2025v10n1ID35134

Palavras-chave:

Espiritualidade, experiencia do usuário, arquitetura hospitalar

Resumo

O projeto de arquitetura para hospitais não consegue acolher e abrigar o ser humano de forma integral sem haver a devida consideração de aspectos subjetivos e comportamentais, que residem nos prismas da espiritualidade e da experiência. Por meio do diálogo entre a fenomenologia, a filosofia e a arquitetura se faz possível ampliar a forma de apreensão e concepção do espaço. Porém, a problemática do assunto não está na falta de instrumentalização adequada do projeto, mas sim na leitura da geometria como uma mera junção de pontos, linhas, planos e formas, ao invés de considerá-la como de um relato sócio-cultural de quem vivenciará o que por ela é representado. O resgate do conceito romano de Genius Loci e a ampliação do uso da topologia em arquitetura parecem ser caminhos promissores para a concepção de um projeto que visa o bem-estar do usuário. Objetivo este, ainda mais latente, quando se trata da arquitetura hospitalar.

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Biografia do Autor

Barbara de Carvalho, Universidade Federal do Pará

Doutoranda PROPAR/UFRGS

Ismael Leite, UFRGS

Doutorando do Programa de Pós Graduação em Ciência Política da UFRGS. 

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Publicado

16-01-2025

Como Citar

CARVALHO, B. de; LEITE, I. A ARQUITETURA HOSPITALAR ENTRE PAREDES E PORTAIS. Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 69–79, 2025. DOI: 10.21680/2448-296X.2025v10n1ID35134. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/35134. Acesso em: 26 abr. 2025.

Edição

Seção

TEORIA E CONCEITO