A DESPERSONALIZAÇÃO DAS MULHERES COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DAS INSTITUIÇÕES PRISIONAIS PARA ALÉM DA PENA DE RECLUSÃO

Autores

  • Bruna Aparecida Thalita Maia Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira
  • Cristiane Santos Souza Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira

DOI:

https://doi.org/10.21680/2318-0277.2019v7n02ID18584

Palavras-chave:

Mulheres, Encarcerramento, Despersonalização, Identidades

Resumo

Pretende-se nesta discussão identificar e refletir acerca do processo de despersonalização de mulheres privadas de liberdade infligido pelas instituições prisionais e compreender a institucionalização através da adequação às normas e condutas obrigatórias. Para refletir tal processo utilizam-se as noções de Erving Goffman de “instituições totais” e “estigma”, bem como a análise sobre a mortificação do eu em instituições fechadas. Este artigo objetiva também avaliar o sistema carcerário a partir de análise interseccional entre gênero, raça e classe, considerando aspectos fundamentais da criminologia crítica em Flauzina como ponto de referência e da discussão das alternativas penais levantadas por Angela Davis. Por fim, levantam-se possíveis formas de subversão à imposição de condutas no sistema carcerário, observando como esses comportamentos no interior das prisões femininas voltam-se à sustentação das individualidades e identidades das mulheres encarceradas, através do trabalho de campo realizado no Conjunto Penal Feminino do Complexo Penitenciário Lemos de Brito, em Salvador/BA.

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Biografia do Autor

Bruna Aparecida Thalita Maia, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira

Mestranda em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab - Campus dos Malês).

Cristiane Santos Souza, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira

Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); Mestre em Ciências Sociais (ênfase em Antropologia) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais pela mesma universidade; Doutora em Antropologia Social, na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente é professora adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Campus dos Malês ? São Francisco do Conde ? Bahia. É pesquisadora permanente do Grupo de estudos e pesquisas: Processos Sociais, Memórias e Narrativas Brasil/África - Nyemba. É professora associada ao Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos, Pós-Afro/UFBA. Tem experiência de pesquisa e ensino nas áreas de Antropologia e Sociologia, atuando principalmente com os seguintes temas: relações raciais; relações de gênero; experiências e trajetórias de vida; sociabilidades; território, identidade e processos sociais; educação e movimentos sociais.

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Publicado

21-02-2020

Como Citar

MAIA, B. A. T.; SANTOS SOUZA, C. A DESPERSONALIZAÇÃO DAS MULHERES COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DAS INSTITUIÇÕES PRISIONAIS PARA ALÉM DA PENA DE RECLUSÃO. Revista Transgressões, [S. l.], v. 7, n. 02, p. 69–92, 2020. DOI: 10.21680/2318-0277.2019v7n02ID18584. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/transgressoes/article/view/18584. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos