Precarização do trabalho no setor de eventos: um estudo inicial sobre os impactos para os trabalhadores e empresas

Precarious work in the events sector: a study about impacts for workers and companies

Autores

  • Marcella de Oliveira Silva Bacharel em Turismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, Seropédica/RJ, Brasil
  • Natasha Bantim Doutoranda em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasil
  • Maria Angélica Maciel Costa Professora adjunta no Departamento de Administração e Turismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, Seropédica/RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21680/2357-8211.2021v9n1ID21645

Resumo

Esse trabalho tem como objetivo discutir a precarização nas relações de trabalho em um dos ramos mais relevantes do turismo: o setor de eventos. Apesar de ocupar posição econômica estratégica e proporcionar visibilidade dos destinos no mercado global, o setor se mantém, em grande parte, através de relações de trabalho terceirizadas, temporárias e informais. Essas relações são advindas do modelo financeiro internacional, de acumulação flexível do capital, onde o contrato de trabalho com todos os direitos e obrigações previamente definidos e inalterados ao longo de sua duração, vem sendo trocado por modelos menos rígidos, a partir da chamada ‘reestruturação produtiva’. Para exemplificar essas relações, foi analisada uma empresa localizada no Rio de Janeiro (RJ), especializada em orientação de público em eventos e seus contratados. Verificou-se a percepção de clientes e funcionários sobre os serviços prestados e a percepção dos trabalhadores freelancers sobre a contratação e estratégias de capacitação. Identificou-se elementos pouco criteriosos na contratação dos funcionários e no treinamento destes, demonstrando fortes indícios de precarização nas relações trabalhistas estabelecidas entre empresa e trabalhadores, incluindo remuneração com valores baixos e longas jornadas de trabalho. Apesar disso, a empresa parece não se importar com as consequências na qualidade do serviço prestado, já que o regime de terceirização acaba mitigando a percepção da responsabilidade pelo serviço prestado e, consequentemente, gerando poucos danos à imagem da empresa perante o público.

Palavras-chave: Eventos.  Precarização do Trabalho. Reestruturação Produtiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcella de Oliveira Silva, Bacharel em Turismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, Seropédica/RJ, Brasil

Bacharel em  Turismo (UFRRJ). Experiência profissional no setor de eventos.

Natasha Bantim, Doutoranda em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasil

Doutoranda em Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ); mestre em Turismo (PPGTUR/UFF); especialista em docência (UCAM) e recursos humanos (FGV); bacharel em turismo (UFF) e administração (UFRRJ). Atualmente é coordenadora técnica do eixo turismo, hospitalidade e lazer da ETEJK-FAETEC. 

Maria Angélica Maciel Costa, Professora adjunta no Departamento de Administração e Turismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, Seropédica/RJ, Brasil

professora adjunta na Universidade Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) no Departamento de Administração e Turismo. Bacharel em Turismo, com especialização em Educação Ambiental e Recursos Hídricos (USP), mestrado em Geografia (IGC/UFMG) e doutorado em Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ). É membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Turismo (NEPET/CNPq) e Grupo de Pesquisa, Educação, Natureza e Sociedade (PENSO/CNPq) e Red Waterlat.

Downloads

Publicado

11-12-2020

Como Citar

DE OLIVEIRA SILVA, M.; BANTIM, N.; MACIEL COSTA, M. A. Precarização do trabalho no setor de eventos: um estudo inicial sobre os impactos para os trabalhadores e empresas: Precarious work in the events sector: a study about impacts for workers and companies. Revista de Turismo Contemporâneo, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 1–23, 2020. DOI: 10.21680/2357-8211.2021v9n1ID21645. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/turismocontemporaneo/article/view/21645. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos