(SIDA)DANIA E SAÚDE DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS CITIZENSHIP (THROUGH STD/AIDS) AND HEALTH OF TRANSVESTITES AND TRANSSEXUALS
DOI:
https://doi.org/10.21680/2238-6009.2016v1n48ID11500Palavras-chave:
Saúde. Travestis. TransexuaisResumo
Transexuais e travestis são apontadas como um dos grupos que mais sofrem com o preconceito
por subverterem a heterossexualidade compulsória, como também os padrões
de masculinidade e feminilidade vigentes. Entre as violências enfrentadas estão a falta
de acesso aos serviços de saúde e atendimentos inadequados decorrentes do preconceito
dos profi ssionais que atuam no Sistema Único de Saúde, apesar da saúde integral,
equânime e com garantia de acesso a todos os níveis de atenção ser um direito garantido
a todos os cidadãos em Constituição Federal desde 1990. Outras políticas transversais,
como a Política Nacional de Humanização de 2003 e a Política Nacional de Saúde Integral
de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais de 2010, apesar de terem
por objetivo qualifi car o atendimento em saúde – e, no segundo caso, especifi camente à
população LGBT – ainda há disparidade no atendimento para determinados grupos que
se encontram em situação de desigualdade. Diante de tantas controvérsias, o objetivo
deste artigo é discutir o acesso da população de travestis e transexuais aos serviços públicos
de saúde na de cidade Fortaleza, Ceará. O aporte teórico-metodológico da Teoria
Ator-Rede (TAR) foi utilizado de modo a compreender a rede de actantes (humanos e
nã o-humanos) em interação que produzem, como um dos efeitos, a limitação no acesso
à saúde pelas pessoas trans. Concluímos que uma das controvérsias centrais envolvidas
no atendimento de travestis e transexuais é a limitação das suas necessidades ao campo
da DST/Aids, como um processo de repatologização das sexualidades dissidentes.