BARRANCOS DE CUSCUZ DE MILHO E UM RIO DE LEITE: ALIMENTAÇÃO, IDENTIDADE E PATRIMÔNIO NO SERTÃO DE CANUDOS

Autores

  • Kadma Marques Rodrigues Doutora em Sociologia. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS-UECE). Coordenadora do Observatório Cearense da Cultura Alimentar (OCCA). Universidade Estadual do Ceará (UECE) https://orcid.org/0000-0002-7310-958X
  • Pedro Victor Moura Lima Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS). Universidade Estadual do Ceará (UECE). https://orcid.org/0000-0001-6805-8100

DOI:

https://doi.org/10.21680/2238-6009.2021v1n57ID27407

Resumo

O presente artigo procura compreender como práticas alimentares que concorreram para a afirmação de marcos identitários no âmbito do movimento social liderado por Antônio Conselheiro, no último quartel do século XIX, repercutem atualmente naquele território. De forma fragmentária, as referências à alimentação encontram-se há muito no debate sobre Canudos, por vezes associadas a supostas manifestações do desiquilíbrio mental do Conselheiro e dos milhares de homens e mulheres que o seguiam. Contudo, a imagem negativa atribuída ao alegado “fanatismo” e alienação dos conselheiristas tem recuado frente àquela da coletividade que procurava inserir-se na realidade que a rodeava, a partir de uma perspectiva identitária particular, positivada pela dimensão religiosa. O atual processo de patrimonialização da herança conselheirista integra essa inversão simbólica, na qual tais particularidades resultam em submissão de aspectos da vida econômica a normas comunitárias de produção, distribuição e consumo, inclusive de víveres que compunham o repertório alimentar dos sertanejos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

02-12-2021

Como Citar

RODRIGUES , . K. M. .; LIMA , P. V. M. . . BARRANCOS DE CUSCUZ DE MILHO E UM RIO DE LEITE: ALIMENTAÇÃO, IDENTIDADE E PATRIMÔNIO NO SERTÃO DE CANUDOS. Vivência: Revista de Antropologia, [S. l.], v. 1, n. 57, 2021. DOI: 10.21680/2238-6009.2021v1n57ID27407. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/27407. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê/Dossier