NEGRITUDE, GÊNERO E ALIMENTAÇÃO EM CONTEXTO PANDÊMICO: RELAÇÕES CAMPO-CIDADE
DOI:
https://doi.org/10.21680/2238-6009.2021v1n57ID27408Resumo
Este artigo propõe pensar a alimentação desde a perspectiva étnico-racial e de gênero a partir das relações campo-cidade no contexto contemporâneo de crise instaurada pela ação do novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Para tal, apresenta um diálogo entre Ciências Sociais e Agrárias, com foco na Antropologia da Alimentação e na Agroecologia. Interessa refletir sobre a alimentação biodiversa como fator de promoção de saúde em um momento de adoecimento coletivo e ameaça às vidas humanas, bem como pensar sobre o acesso diferenciado a ela tendo em vista crivos como pertencimento étnico-racial e relações de gênero. A partir de experiências de produção e consumo de alimentos agroecológicos, os sentidos atribuídos ao ato de comer são analisados de forma paralela aos sentidos atribuídos ao ato de produzir e transformar matérias-primas em alimentos. Enfim, é lançada luz sobre experiências diversas que sinalizam possibilidades de transformação dos significados da alimentação e dos circuitos alimentares campo-cidade.