PERCEPÇÕES SOBRE CORPO E EMOÇÕES ENTRE CONSUMIDORAS CRÍTICAS ANTICAPITALISTAS
DOI:
https://doi.org/10.21680/2238-6009.2023v1n62ID33767Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir, a partir das narrativas de um grupo de consumidoras críticas anticapitalistas, a centralidade dos afetos e emoções na construção de percepções sobre corpos, em processos de consumo político. Para tanto, analisamos três tipos de encaixe e táticas de acomodação: primeiro, entre um tipo de discurso sobre corpo que reivindica o status essencial de “natureza” e o papel estratégico deste corpo no posicionamento dos sujeitos como críticos; segundo, entre narrativas de racionalização do processo de consumo como o caminho moralmente adequado ao movimento crítico empreendido e práticas de consumo atravessadas por emoções positivas como o prazer e a valorização da ludicidade; e por fim, centralidade das emoções na construção de um complexo arranjo que busca acomodar os dois tipos de encaixe/acomodação anteriores, ou seja, entre a reivindicação de um corpo dotado de um saber natural e a construção deliberada de novas subjetividades nas relações com objetos e pessoas no contexto da moralidade crítica. Os dados apresentados foram produzidos a partir da experiência etnográfica realizada entre 2020 e 2022 com sujeitos participantes de um processo de “laboratório social” dedicado a discutir alternativas de consumo, parte de um movimento criado em função da pandemia de COVID-19.
Palavras-chave: Consumo Político; Anticapitalismo; Emoções; Afetos; Prazer.
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Copyright (c) 2023 Liliane Moreira Ramos, Patricia Pavesi, Julio Valentim
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