ENTRE EL CONTROL Y LA INCERTIDUMBRE: LA PRODUCCIÓN COTIDIANA DE LA INDETECTABILIDAD
DOI :
https://doi.org/10.21680/2238-6009.2022v1n60ID31082Résumé
A partir de 2018, a fórmula "Indetectável=Intransmissível" (I=I, indicando uma pessoa com carga viral indetectável tinha zero chances de transmitir sexualmente o virus HIV) foi levantada pelo UNAIDS e outras organizações internacionais como o "caminho para acabar com a epidemia". Acompanhados pelo desenvolvimento de tratamentos anti-retrovirais altamente eficazes, que implicam a redução de comprimidos e das doses diárias, os discursos "Pós-AIDS" de crescente otimismo têm levantado a "indetectabilidade-intransmissibilidade" como uma resposta abrangente, simples e eficaz tanto para o controle individual do vírus bem como para o seu governo ao nível comunitário. Este artigo pretende observar a “indetectabilidade viral” a partir das diferentes formas como ela se configura e se produz nos diferentes espaços, relações e tempos vitais em que se põe em jogo. A partir de um estudo etnográfico realizado em um Programa Municipal de HIV da Província de Buenos Aires, resgatamos as narrativas de duas pessoas em tratamento de longa duração para mergulhar na produção cotidiana de “ser”, “ficar” e “manter” indetectável. Consideramos, nesse quadro, que o devir-indetectável implica uma coexistência entre controle e descontrole que se desenvolve em um processo com-outros, no qual os sujeitos realizam buscas para encontrar respostas para seus sofrimentos. Esses processos implicam a formação tanto de vínculos frágeis, momentâneos e incertos quanto de relações com outros que constituem um resseguro para a manutenção dos tratamentos.
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(c) Tous droits réservés Agostina Aixa Gagliolo, Susana Margulies 2022
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