ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS NA AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA TÉCNICA DAS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA BRASILEIRAS: UMA ABORDAGEM COMPARATIVA ENTRE O ÍNDICE DE MALMQUIST E WINDOW ANALYSIS
DOI:
https://doi.org/10.21680/2176-9036.2018v10n1ID12404Palavras-chave:
Distribuidora. Energia Elétrica. Eficiência.Resumo
O setor elétrico exerce um papel relevante no cenário econômico, sendo responsável pela prestação de serviços para diversos segmentos da economia, envolvendo consumidores industriais, residenciais, comerciais, rurais e o poder público. Para que essa prestação de serviço ocorra com qualidade é necessária uma remuneração justa que possa estabelecer a modicidade tarifária. Na determinação da tarifa, a eficiência das distribuidoras no período que antecede ao processo de revisão tarifária é avaliada. Esta pesquisa tem como objetivo averiguar se as distribuidoras de energia elétrica apresentaram eficiência técnica no período de 2003 a 2013, tendo como base as métricas do índice de Malmquist e a Window Analysis. Visando atender ao objetivo, será feita uma comparação entre os dois métodos utilizando-se a Análise Envoltória de Dados – DEA, considerando como input os gastos com opex (custos gerenciáveis) e a extensão de rede e como output o mercado (venda de energia). O DEA Malmquist e a Window Analysis foram direcionados ao input utilizando-se o modelo do retorno variável de escala – VRS, denominado de BCC. Os dados foram extraídos de documentos disponibilizados no sítio da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. A contribuição da pesquisa ocorre em função da apresentação de um modelo alternativo ao índice de Malmquist para mensuração da eficiência técnica do setor elétrico brasileiro.Os resultados revelam que 32,79% das distribuidoras apresentaram-se eficientes, quando utilizada a metodologia Malmquist e 24,59% utilizando-se a metodologia Window Analysis. Do total de 61 distribuidoras, cinco empresas, CPEE, CSPE, EFLJC, JAGUARARI e RGE, foram eficientes para os dois modelos no período pesquisado, ou seja, 8,20% do total. Conclui-se, portanto, a existência de uma divergência acentuada entre os dois modelos quando efetuada uma análise comparativa entre os rankings de eficiências.
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