Uma análise da percepção da geração dos millennials sobre a previdência
DOI:
https://doi.org/10.21680/2176-9036.2024v16n1ID31577Palavras-chave:
Aposentadoria, Finanças Pessoais, Millennials, PrevidênciaResumo
Objetivo: Identificar e analisar a percepção da geração dos Millennials sobre previdência.
Metodologia: Técnica de levantamento do tipo Survey, com a aplicação de questionário estruturado por meio da ferramenta Lime Survey®, enviado para aproximadamente 15 mil pessoas de todas as regiões do Brasil, com 21 perguntas estruturadas. A seleção dos respondentes foi em bases abertas, com foco na faixa etária em que se encontra essa geração. Para cada uma das questões componentes do questionário estruturado, foi efetuado o teste não paramétrico de Qui-Quadrado para verificar diferenças de avaliação para as variáveis de controle.
Resultados: Contrariando as bases de estudo analisadas, a maioria dos Millennials brasileiros respondentes da pesquisa pensa ou se preocupa com a formação de suas aposentadorias. Entre as hipóteses confirmadas, os achados da pesquisa mostram que os Millennials possuem receio em enfrentar dificuldades em relação às suas aposentadorias e consideram que alcançar uma aposentadoria segura será uma tarefa bastante complicada no futuro. Apesar da baixa participação dessa geração em planos de previdência complementar, a maior parte afirma possuir enorme interesse nesse sentido, contribuindo para a literatura sobre o tema.
Contribuições do estudo: Além de ajudar a compreender como os Millennials lidam com o tema da previdência, este estudo pode contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para educação previdenciária dos jovens.
Downloads
Referências
Adam, A. M., Boadu, M. O., & Frimpong, S. (2018). Does gender disparity in financial literacy still persist after retirement? Evidence from Ghana. International Journal of Social Economics, 45(1), 18-28. Doi: https://doi.org/10.1108/IJSE-06-2016-0159
Afonso, L. E., Sidone, O. J. G., & Silva Filho, G. A. D. (2023). Reflexões sobre a progressividade da política previdenciária no Brasil: uma contribuição ao debate. Brazilian Journal of Political Economy, 43, 706-722. https://doi.org/10.1590/0101-31572023-3434
Agarwalla, S. K., Barua, S., Jacob, J., & Varma, J. R. (2015). Financial Literacy among Working Young in Urban India. World Development, 67, 101-109. Doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.worlddev.2014.10.004
Almeida, V. (2018). Millennials: geração imediatista que não liga para a aposentadoria. Disponível em https://extra.globo.com/noticias/economia/millennials-geracao-imediatista-que-nao-liga-para-aposentadoria-23073557.html
Batista, F. H. A. (2010). Grupos geracionais e o comprometimento organizacional: um estudo em uma empresa metalúrgica de Caxias do Sul. Dissertação (Mestrado) do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade de Caxias do Sul, p.39-45. https://repositorio.ucs.br/xmlui/handle/11338/553
Bochi, H., Jr. (2019). Os jovens e a previdência: Como se planejar para a aposentadoria desde cedo. Disponível em: http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/videos/t/bom-dia-cidade/v/os-jovens-e-a-previdencia-como-se-planejar-para-a-aposentadoria-desde-cedo/7302896/.
Borges, B. S. (2014). Juventude, trabalho e educação superior: a Geração Y em análise. Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia. Disponível em https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/13663/1/JuventudeTrabalhoEducacao.pdf
Borges, L. (2017). A geração Millenial e seu legado. Disponível em https://casperlibero.edu.br/wp-content/uploads/2017/09/21-A-gerac%CC%A7a%CC%83o-Millenial-e-seu-legado.pdf
Brack, J., & Kelly, K. (2012). Maximizing millennials in the workplace. UNC Executive Development, 22(1), 2-14.
Brown, J.E. (2018). Millennials and Retirement: Already Falling Short. National Institute on Retirement Security. p.1.
Calliari, M., & Motta, A. (2012). Código Y: decifrando a geração que está mudando o país. Évora.
Camargos, M. C. S., & Gonzaga, M. R. (2015). Viver mais e melhor? Estimativas de expectativa de vida saudável para a população brasileira. Cadernos de Saúde Pública, 31, 1460-1472. Doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00128914
Carvalho, N.C. (2017). Millennials: Quem são e o que anseiam os jovens da geração Y. Monografia de Bacharelado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) p.15
Chagas, A. T. R. (2000). O questionário na pesquisa científica. Administração OnLine: Prática, Pesquisa, Ensino, São Paulo, 1(1), 23-48.
Clark, R. L., Hammond, R. G., & Khalaf, C. (2019). Planning for retirement? The importance of time preferences.Journal of Labor Research,40(2), 127-150.
Cordeiro, N. J. N., Costa, M. G. V., & da Silva, M. N. (2018). Educação Financeira no Brasil: uma perspectiva panorâmica. Ensino da Matemática em Debate, 5(1), 69-84.
Cordeiro, N. J. N., Maia, M. G. B., & Silva, C. B. P. (2019). O uso de histórias em quadrinhos para o ensino de Educação Financeira no ciclo de alfabetização. TANGRAM-Revista de Educação Matemática, 2(1), 03-20
Dutra, B. & Brêtas, Pollyanna. (2018). Millennials: geração imediatista que não liga para a aposentadoria. Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/economia/millennials-geracao-imediatista-que-nao-liga-para-aposentadoria-23073557.html.
Ferreira, S. G. (2007). Sistemas previdenciários no mundo: sem “almoço grátis”. Previdência no Brasil: debates, dilemas e escolhas. Rio de Janeiro: IPEA, 65-94.
Gallo, F. (2018). Millennials: geração imediatista que não liga para a aposentadoria. O Globo Economia [Entrevista com Bruno Dutra e Pollyana Brêtas]. Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/millennials-geracao-imediatista-que-nao-liga-para-aposentadoria-23074915
Gallo, F. (2019). Reforma da Previdência é melhor para quem contribui menos. Correio Braziliense. [Entrevista com o Correio Braziliense]. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2019/04/07/internas_economia,747939/reforma-da-previdencia-e-melhor-para-quem-contribui-menos.shtml
Ghilarducci, T. (2018). Social Security Helps The Young And Old. Forbes. Disponível em: https://www.forbes.com/sites/teresaghilarducci/2018/10/28/zombie-myth-that-social-security-is-unfair-to-younger-generations-quite-the-opposite/#7981a7e573f5
Glass, A. (2007). Understanding generational differences for competitive success. Industrial and commercial training, v. 39, n. 2, p. 98-103. Doi: https://doi.org/10.1108/00197850710732424
Gomes, D. V., Oliveira, E. R., Santos, G. C., & de Oliveira Merelles, L. R. (2020). Educação previdenciária e as mudanças na previdência social: análise dos alunos e egressos de uma instituição de ensino superior. Revista Mineira de Contabilidade, 21(2), 59-69. DOI:
https://doi.org/10.51320/rmc.v21i2.1089
Gruber, J., & Wise, D. A. (1999). Introduction to" Social Security and Retirement around the World". In Social Security and Retirement around the World (pp. 1-35). University of Chicago Press.
Hartmann, A. L. B., Mariani, R. D. C. P., & Maltempi, M. V. (2021). Educação Financeira no Ensino Médio: uma análise de atividades didáticas relacionadas a séries periódicas uniformes sob o ponto de vista da Educação Matemática Crítica. Bolema: Boletim de Educação Matemática, 35, 567-587. https://doi.org/10.1590/1980-4415v35n70a02
Henrique, M. R., Rocha, D. A., Saporito, A., & Silva, S. B. (2023). O cenário da Previdência Social e o impacto na aposentadoria. Revista da Faculdade de Administração e Economia, 12(1), 169-190. DOI: https://doi.org/10.15603/2176-9583/refae.v12n1p169-190
Hinrichs, K. (2021). Recent pension reforms in Europe: More challenges, new directions. An overview. Social Policy & Administration, 55(3), 409-422. https://doi.org/10.1111/spol.12712
Howe, N., & Strauss, W. (2000). Millennials rising: The next great generation. Vintage.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2018). Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
Jardim, M. C., & Moura, P. J. C. (2023). O projeto de capitalização da Previdência Social no governo Bolsonaro: o mercado como estratégia de aposentadoria. Sociedade e Estado, 38, 63-93. https://doi.org/10.1590/s0102-6992-202338010003
Kallir, I., Aharon, D. Y., Sheshinski, E., & Zaken, R. (2023). Toward a Sustainable Pension System. The Journal of Retirement, 10(4), 26-48. DOI 10.3905/jor.2022.1.126
Kämpf, C. (2011). A geração Z e o papel das tecnologias digitais na construção do pensamento. ComCiência, (131), 0-0.
Kessler, A. (2021). New solutions to an age-old problem: innovative strategies for managing pension and longevity risk. North American Actuarial Journal, 25(sup1), S7-S24. https://doi.org/10.1080/10920277.2019.1672566
Lima, D. V., Cardoso, J. W. R., Modernell, Á. B., Cavalcante, R. M. C., & Barros, G. M. (2022). Educação Previdenciária na Primeira Infância para a Formação de uma Consciência Cidadã. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (REPeC), 16(4). DOI: https://doi.org/10.17524/repec.v16i4.3059
Lima, D. V., & Matias-Pereira, J. (2014). A dinâmica demográfica e a sustentabilidade do regime geral de previdência social brasileiro. Revista de Administração Pública, 48(4), 847-868. Doi: https://doi.org/10.1590/0034-76121558.
Lima, R. M. R. (2022). Reforma da previdência e justiça intergeracional: o longo caminho da proteção social brasileira. Revista de Direito Brasileira, 32(12), 87-109. DOI: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2358-1352/2022.v32i12.7281
Litlle, K. (2019). Millennials are optimistic about their financial futures, but it could hurt them. Bankrate. Disponível em https://www.bankrate.com/personal-finance/millennials-optimistic-finances/
Lynch, A. (2008). ROI on generation Y employees. Bottom Line Conversations, LLC.
Marques, R. M., Batich, M., & Mendes, Á. (2003). Previdência social brasileira: um balanço da reforma. São Paulo em Perspectiva, 17(1), 111-121. Doi: https://doi.org/10.1590/S0102-88392003000100011
McClelland, J. A. G. (1976). Técnica de Questionário para Pesquisa. Revista Brasileira de Física, Especial (1), pp. 93-101.
Mele, V., & Belardinelli, P. (2018). Mixed methods in public administration research: Selecting, sequencing, and connecting. Journal of Public Administration Research and Theory, 29(2), 334-347. Doi: https://doi.org/10.1093/jopart/muy046
Miranda, G. M. D., Mendes, A. D. C. G., & da Silva, A. L. A. (2016). O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e consequências sociais atuais e futuras. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 19(3), 507-519.
Mitchell, D. J. (2018). The Second Social Security Crisis Nobody´s Talking About. Foundation for Economic Education (FEE). Disponível em https://fee.org/articles/the-second-social-security-crisis-nobodys-talking-about/.
Neri, M. (2017). Rolo compressor da crise achata renda e horizonte da população jovem. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/05/1887641-crise-e-resistencia-a-reforma-da-previdencia-prejudicam-os-jovens.shtml
ONU Brasil. (2019). Mulheres vivem mais do que homens na maior parte dos países, diz relatório da ONU. Disponível em: https://nacoesunidas.org/mulheres-vivem-mais-do-que-homens-na-maior-parte-dos-paises-diz-relatorio-da-onu/.
Rattner, S. (2015). We´re making life too hard for millennials. The New York Times. 1-4
Ribeiro, N. K. C.; Gonsalves, R. (2016). A Previdência Complementar uma proposta para a geração Y? Redeca, v.3, n.1, p.49-89. Doi: https://doi.org/10.23925/2446-9513.2016v3i1p49-89
Santos, C. L., & Kern, M. T. (2019). As Juventudes e a Reforma da Previdência: Os Impactos Jurídico-Sociais aos Jovens no Brasil. Revista Jurídica em Pauta, 1(2), 45-60.
Silva, E. A. S. R., Lima, D. V., Silva, C. A. T.; Rech, I. J. 2018. A Imprevidência da Previdência: como o ciclo da vida afeta as escolhas dos indivíduos, Universidade de Brasília (UNB).
Silva, D. D. C., Moreira, V. D. S., & Papandréa, P. J. (2022). Aposentadoria: uma meta a ser planejada. Revista Científica e-Locução, 1(22), 27-27. DOI: https://doi.org/10.57209/e-locucao.v1i22.504
Smit, K.A. The defining financial question of millennials: do you want to live comfortably now, or in the future? Disponível em: https://www.rismedia.com/2018/09/27/the-defining-financial-question-of-millennials-do-you-want-to-live-comfortably-now-or-in-the-future/
Tapscott, D. (1999). The rise of the Net-Generation. Advertising Age, 67(42), 31-32.
Terrell, S.R. (2012). Mixed Methods Research Methodologies. Qualitative Report, 17 (1), 254-280. Disponível em: https://nsuworks.nova.edu/tqr/vol17/iss1/14/
The Bank of New York Mellon Corporation. (2015). Generation Lost: Engaging Millennials with retirement saving.
Valente, M. P. R. C. (2011). Geração Y e individualismo: percepções e adaptabilidade do consumidor frente às mudanças sociais. Maria Paula Rodarte Costa Valente. Diss. PUC-Rio.
Vieira, K. M., Matheis, T. K., & Rosenblum, T. O. A. (2023). Preparação financeira para aposentadoria: análise multidimensional da percepção dos brasileiros. Revista Contabilidade & Finanças, 34, e1705. https://doi.org/10.1590/1808-057x20221705.pt
Zemke, R. O. (2008). Respeito às gerações. Modernas práticas na gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 51-55.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 REVISTA AMBIENTE CONTÁBIL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - ISSN 2176-9036
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Comomns Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A Revista Ambiente Contábil utiliza uma licença Creative Commons CC-BY-NC-ND (Atribuição-NãoComercial – SemDerivações 4.0). Isso significa que os artigos podem ser compartilhados e que a Revista Ambiente Contábil não pode revogar estes direitos desde que se respeitem os termos da licença:
Atribuição: Deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Não Comercial: Não se pode usar o material para fins comerciais.
Sem Derivações: Se for remixar, transformar ou criar a partir do material, não se pode distribuir o material modificado.
Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional