Avaliação de risco na concessão de crédito por pessoa jurídica não financeira
DOI:
https://doi.org/10.21680/2176-9036.2024v16n2ID34315Palavras-chave:
Avaliação de crédito por pessoa jurídica, Inadimplência, Credit score, Rating scoreResumo
Objetivo: Este estudo teve por objetivo verificar os procedimentos de avaliação de risco na concessão de crédito por uma pessoa jurídica, via financiamento, nas negociações com seus clientes.
Metodologia: Empregou-se uma abordagem documental, com ênfase na análise qualitativa, durante o estudo experimental conduzido em uma entidade XYZ ligada à tecnologia de informação.
Resultados: Apontam que o credit score e o rating score, constituídos por meio das etapas de avaliação, considerando o histórico da empresa, documentações, garantias, saúde financeira, fluxo de caixa, endividamento, governança corporativa e perspectivas de mercado, possibilitam a classificação de risco aos seus clientes analisados, variando de AAA para o cliente “alpha” e D para o “beta”. Tal resultado possibilitou deduzir que a avaliação creditícia, oportuna automatização nas decisões de financiamento das atividades comerciais, capaz de promover flexibilidade financeira e agilidade comercial. A classificação de risco dos clientes é vista, portanto, como uma ferramenta fundamental para aprimorar as decisões financeiras da empresa XYZ, minimizando riscos de inadimplência e garantindo a segurança financeira de suas operações comerciais, resultante do estabelecimento de pontuações de riscos, tanto de empresas adimplentes quanto das inadimplentes.
Contribuições do Estudo: Este estudo traz uma contribuição teórica relevante para o campo de pesquisa ao destacar a importância de validar os critérios usados na concessão de financiamento, assim como os fatores contextuais que podem afetar as decisões. A contribuição prática ao analisar uma instituição não financeira, inclusive sob o contexto pandêmico, e a forma com que elas minimizam sua inadimplência ao estabelecer mecanismos de análise de crédito, proporciona melhorias e consequentemente maior segurança como entidades credoras.
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