A taxonomia de fraudes em relatórios financeiros no mercado acionário brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.21680/2176-9036.2025v17n1ID35563Palavras-chave:
Taxonomia, Fraudes em Relatórios Financeiros, B3Resumo
Objetivo: Explorar os tipos de fraudes em relatórios financeiros ocorridas em empresas brasileiras de capital aberto.
Metodologia: Foram analisados os Processos Administrativos Sancionadores (PAS) da Comissão de Valores Mobiliário (CVM) e elaborada a taxonomia das fraudes.
Resultados: Sugerem a taxonomia a seguir: superestimação de ativos, transações com partes relacionadas, desvio de fundos para entidades offshore, superestimação de perda de valor de ativos (impairment), superestimação de receita, receitas fictícias, subestimação de despesas.
Contribuições do Estudo: O estudo traz ao conhecimento dos acadêmicos, reguladores, investidores e empresas os tipos de fraudes realizadas. O conhecimento da taxonomia de fraudes chama a atenção do regulador a buscar, de forma preventiva, estes tipos de fraudes nos relatórios financeiros divulgados. Discussões sobre a taxonomia de fraudes em relatórios financeiros trazem ao conhecimento dos acadêmicos e profissionais (contadores, auditores e administradores) as formas que as distorções das informações contábeis podem tomar. Para os auditores (internos ou externos) e profissionais do controle interno, a taxonomia de fraudes em relatórios financeiros permite atuar preventivamente para evitar ou limitar as ocorrências destas fraudes. Verificou-se a falta dos tipos de fraudes usuais no mercado brasileiro. Esta pesquisa busca contribuir explorando os tipos de fraudes em relatórios financeiros ocorridas em empresas brasileiras de capital aberto.
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