EVIDENCIAÇÃO DOS DERIVATIVOS NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE EMPRESAS BRASILEIRAS NA ÁREA DA SAÚDE

Autores

  • Márcia Bianchi Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Caroline Lemmertz Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Simone Leticia Raimundini Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Maria Ivanice Vendruscolo Doutoranda em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Resumo

Os derivativos minimizam os riscos das empresas que operam com moedas estrangeiras e vendas futuras. O uso destes instrumentos financeiros é crescente, sendo que muitas empresas brasileiras deixam de evidenciá-los pela falta de uma regulamentação eficaz. As empresas de capital aberto devem evidenciar em notas explicativas os riscos envolvidos nas operações, o valor de mercado e os critérios e premissas para a determinação deste valor dos instrumentos financeiros, e as políticas de atuação e controle das operações. Assim sendo, o objetivo deste estudo analisar a evidenciação de instrumentos financeiros derivativos nas demonstrações contábeis das empresas brasileiras, que constam na classificação da BM&FBovespa como pertencentes ao setor de Saúde. Foi realizada uma pesquisa descritiva, documental, com abordagem qualitativa, analisando as cinco empresas classificadas no segmento de serviços médico-hospitalares, análises e diagnóstico, no período de 2008 a2012. Observou-se que apenas duas empresas declaram o uso de derivativos em todos os anos analisados e apresentam corretamente os dados de análise de sensibilidade e de avaliação de riscos. Os tipos de derivativos utilizados pelas empresas pesquisadas foram: contrato de câmbio a termo, swap de moeda e opções de call. Todas as empresas utilizam derivativos apenas com a finalidade de proteção. Ressalta-se, ainda, que das empresas pesquisadas nenhuma apresenta as informações quantitativas de seus derivativos nas notas explicativas na forma da tabela contida na Instrução Normativa no 475 da CVM (2008b). A partir da análise dos dados, pode-se inferir que as empresas ainda não seguem plenamente as normas contábeis vigentes, não realizando análises de sensibilidade em todos os anos, avaliação e mensuração dos riscos em todos os casos, além de não evidenciarem adequada e suficientemente os derivativos nas notas explicativas.

Palavras-chave: Derivativos. Evidenciação. Ramo Saúde BM&FBovespa. Contabilidade Societária. Normas Internacionais de Contabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Márcia Bianchi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (2000), mestrado em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos- UNISINOS (2005) e doutorado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2013). Atualmente é professora adjunta do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Porto Alegre-RS. Tem experiência na área de Ciências Contábeis, atuando principalmente nos seguintes temas: controladoria, análise de custos e contabilidade societária. Atua como editora responsável da Revista ConTexto (UFRGS).

Caroline Lemmertz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Graduanda em Ciências Contábeis

Simone Leticia Raimundini, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Doutora em Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Professora do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Maria Ivanice Vendruscolo, Doutoranda em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Doutoranda em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

29-07-2014

Como Citar

BIANCHI, M.; LEMMERTZ, C.; RAIMUNDINI, S. L.; VENDRUSCOLO, M. I. EVIDENCIAÇÃO DOS DERIVATIVOS NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE EMPRESAS BRASILEIRAS NA ÁREA DA SAÚDE. REVISTA AMBIENTE CONTÁBIL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - ISSN 2176-9036, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 282–301, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/ambiente/article/view/5332. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS