Contribuições e limitações da Teoria Neo-Institucional para a compreensão do ambientalismo empresarial

Autores

Palavras-chave:

Ambientalismo empresarial; Teoria Neo-Institucional; Agenda teórica; Sustentabilidade.

Resumo

Este ensaio foi elaborado com o intuito de apresentar as contribuições e lacunas que a Teoria Neo-Institucional acerca da necessidade de produção sustentável e do ambientalismo empresarial proposto por Hoffman (2001). Para isso, foram resgatados elementos da Teoria Neo-Institucional e dispostas às abordagens acerca da temática de sustentabilidade com foco no ambientalismo empresarial. Por fim, foi realizado um imbricamento da Teoria Neo-Institucional com a perspectiva da sustentabilidade, no sentido estrito do ambientalismo empresarial, destacando subsídios e negligências da teoria bem como a disparidade da agenda teórica com a agenda empírica e suas implicações para compreensão desta vertente do ambientalismo. O que justifica a discussão deste trabalho é o fato de esta vertente teórica estar sendo utilizada para compreensão do ambientalismo empresarial, porém apresentando diversos impasses entre a proposição teórica na essência da TNI com a proposição teórica da mesma quando se analisa especificamente o ambientalismo empresarial. Conclui-se que a lacuna deixada pela Teoria Neo-Institucional está no fato de não contemplar a dimensão do poder em sua estrutura analítica e, consequentemente não observando a essência política de produção sustentável.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AKTOUF, O. Pós-globalização, administração e racionalidade econômica: a síndrome do avestruz. São Paulo: Atlas, 2004.

BARLEY, S.; TOLBERT, P. Institutionalization and Structuration: Studying the links between action and institution. Organization Studies, 18(1), 93-117, 1997.

BERGER, P.; LUCKMANN, T. A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento. Petropólis: Vozes, 2013.

CAPELARI, M. Relações de poder e regulação ambiental: um estudo da Klabin-PR. 2012. 140 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Administração, Universidade Estadual de Londrina, Londrina – PR, 2012.

DIMAGGIO, P. J.; POWELL, W. W. A gaiola de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. Revista de Administração de Empresas, 45(2), 74-89, 2005.

EGRI, C.; e PINFIELD, L. As Organizações e a Biosfera: Ecologia e Meio Ambiente. In S. CLEGG, C. HARDY, e W. NORD (Orgs.). Handbook de Estudos Organizacionais (pp. 361-397). Vol. 1. São Paulo: Atlas, 2012.

HOFFMAN, A. Linking Organizational and Field-Level Analyses: The Diffusion of Corporate Environmental Practice. Organization Environment, 14(2), 133-156, 2001.

HOPWOOD, B., MELLOR, M., e O’BRIEN, G. Sustainable development: Mapping different approaches. Sustainable Development, 13(1), 38-52, 2005.

JÄNICKE, M. Ecological modernisation: new perspectives. Journal of Cleaner Production, 16(5), 557-565, 2007.

LASZLO, C; ZHEXEMBAYEVA, N. Embedded Sustainability: the next big competitive advantage. Stanford, California: Greenleaf, 2011.

SILVA, M. C.; GONÇALVES, S. Nota Técnica: A Teoria Institucional. In S. CLEGG, C. HARDY, e W. NORD (Orgs.). Handbook de Estudos Organizacionais. (pp. 218-225). Vol. 1. São Paulo: Atlas, 2012.

MARCH, J.; e OLSEN, J. Neo-institucionalismo: fatores organizacionais na vida política. Revista de Sociologia Política, 6(31), 121-142, 2008.

MEYER, J. W.; ROWAN, B. Institucionalized organizations: formal structure as myth and ceremony. American Journal of Sociology, 83(2), 340-363, 1977.

MIZOCSKY, M. C. Poder e institucionalismo: uma reflexão crítica sobre as possibilidades de interação paradigmática. In M. M. F. VIEIRA; C. A. CARVALHO. (Orgs.). Organizações, instituições e poder no Brasil (pp. 141-175). Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2003.

PECI, A. A nova teoria institucional em estudos organizacionais: uma abordagem crítica. Cadernos EBAPE, 4(1), 1-12, 2006.

RAO, H. The social construction of reputation: Certification contests, legitimation, and the survival of organizations in the American automobile industry: 1895-1912. Strategic Management Journal, 15(Supplement 1), 29-44, 1994.

REZENDE, U. Os diferentes níveis de abstração do pensamento administrativo. Florianópolis: UFSC, 1980.

SELZNICK, P. Institutionalism “Old” and “New”. Administrative Science Quarterly, 41(2), p. 270-277, 1996.

___. TVA and the Grassroots. Berkeley: UC Berkeley Press, 1984.

SHIOTA, R. R. Florestan Fernandes e a fundamentação empírica da sociologia no Brasil. Anais do Simpósio de Pós-Graduando em Sociologia, São Paulo, SP, Brasil, 2010.

SHWOM, R. Strengthening sociological perspectives on organizations and the environment. Organization e Environment, 22(3), 271-292, 2009.

SOUZA, R. S. Fatores de formação e desenvolvimento das estratégias ambientais nas empresas. Dissertação de Mestrado, Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2004.

TOLBERT, P.; ZUCKER, L. A Institucionalização da Teoria Institucional. In S. CLEGG, C. HARDY; W. NORD (Orgs.). Handbook de Estudos Organizacionais (pp. 194-217). Vol. 1. São Paulo: Atlas, 2012.

ZUCKER, L. The role of institucionalization in cultural persistence. American Sociological Review, 42(4), 726-743, 1977.

___. Institutional theories of organization. Annual Review of Sociology, 13(aug), 443-467, 1987.

Downloads

Publicado

16-09-2021

Como Citar

OLIVEIRA JUNIOR, P. F. P. .; ARAÚJO, M. B. .; MARIN, M. de S. . Contribuições e limitações da Teoria Neo-Institucional para a compreensão do ambientalismo empresarial. Revista de Casos e Consultoria, [S. l.], v. 12, n. 1, p. e26420, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/casoseconsultoria/article/view/26420. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão