Estudo epidemiológico das notificações de casos por automedicação no estado do Piauí entre 2012 e 2022

Autores

Palavras-chave:

Epidemiologia, Automedicação, Medicamentos, Saúde, Piau´í

Resumo

A utilização indiscriminada de medicamentos, incluindo a automedicação, representa um desafio significativo para a saúde, sociedade e economia em muitas comunidades. Além de envolver o uso de medicamentos sem orientação médica, resultando em atrasos na busca por assistência adequada, com implicações econômicas sérias. O objetivo é fornecer uma visão abrangente do perfil epidemiológico das notificações por automedicação no estado do Piauí. O estudo é de natureza descritiva e transversal, concentrando-se em casos de automedicação no estado do Piauí entre 2012 e 2022. Utilizou-se dados secundários do DATASUS. A coleta de dados envolveu pesquisas sistemáticas nos bancos de dados, com análise orientada pelas variáveis de ano de notificação, faixa etária e sexo. Durante o período estudado foram notificadas 405 ocorrências de automedicação no Estado do Piauí. A automedicação é comum devido ao conhecimento prévio sobre a doença, falta de tempo para procurar assistência médica e preocupações financeiras. Jovens e adultos são mais propensos à prática, influenciados pela publicidade que promove o consumo de medicamentos. A predominância de casos em áreas urbanas, como Picos, Teresina e Parnaíba, reflete a facilidade de acesso a medicamentos sem prescrição médica. A automedicação representa um desafio em crescimento para a saúde pública no Piauí, exigindo medidas preventivas e educacionais, especialmente voltadas para jovens e mulheres. Além disso, a prática de "farmacinhas caseiras" deve ser abordada para reduzir os perigos relacionados à automedicação. Essas ações são fundamentais para combater esse problema e garantir o acesso de todos a cuidados de saúde seguros e eficazes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARRAIS, P. S. D. et al. Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Revista de Saúde Pública, v. 50, n. Suppl 2, p. 10, 2016.

AZAMI-AGHDASH, S. et al. Prevalence and cause of self-medication in Iran: a systematic review and meta-analysis article. Iranian Journal of Public Health, v. 44, n. 12, p. 1580, 2015.

BATISTA, J. A. et al. Automedicação e Saúde Pública: dimensionamento dos fatores de risco e comportamentos de saúde. Fármacos, v. 10, p. 11, 2021.

BERNARDES, H. C. et al. Perfil epidemiológico de automedicação entre acadêmicos de medicina de uma universidade pública brasileira. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 4, p. 8631-8643, 2020.

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Pesquisa sobre o uso de automedicação. Disponível em: https://site.cff.org.br/.

CORREIA, B. C.; TRINDADE, J. K.; ALMEIDA, A. B. Fatores correlacionados à automedicação entre os jovens e adultos: uma revisão integrativa da literatura. Revista de Iniciação Científica e Extensão, v. 2, n. 1, p. 57-61, 2019.

DE ANDRADE, S. M. et al. Caracterização do perfil das intoxicações medicamentosas por automedicação no Brasil, durante o período de 2010 a 2017. Research, Society and Development, v. 9, n. 7, p. e236973952, 2020.

DE SANTANA, J. K. D. S. et al. Investigação epidemiológica dos casos de intoxicação exógena por medicamentos decorrentes da automedicação no estado do Piauí. Research, Society and Development, v. 12, n. 3, p. e13112340601, 2023.

ESTRELA, C. Metodologia científica: ciência, ensino, pesquisa. Artes Médicas, 2018.

GONÇALVES, H. C.; DA COSTA, J. B. Intoxicação exógena: casos no estado de Santa Catarina no período de 2011 a 2015. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 47, n. 3, p. 02-15, 2018.

MAIOR, M. C. L. S.; OLIVEIRA, N. V. B. V. Intoxicação medicamentosa infantil: um estudo das causas e ações preventivas possíveis. Revista Brasileira de Farmácia, v. 93, n. 4, p. 422-30, 2012.

PARI-OLARTE, J. B. et al. Factores asociados con la automedicación no responsable en el Perú. Revista del Cuerpo Médico Hospital Nacional Almanzor Aguinaga Asenjo, v. 14, n. 1, p. 29-34, 2021.

PONS, E. D. S. et al. Predisposing factors to the practice of self-medication in Brazil: Results from the National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines (PNAUM). PLoS One, v. 12, n. 12, p. e0189098, 2017.

PRADO, M. A. M. B. D. et al. Use of prescription drugs and self-medication among men. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 19, p. 594-608, 2016.

QIN, S. et al. Self-medication and its typology in Chinese elderly population: A cross-sectional study. Frontiers in Public Health, v. 10, p. 954305, 2022.

SANTOS, S. T. S.; DE ALBUQUERQUE, N. L.; DE MELO GUEDES, J. P. Os riscos da automedicação com medicamentos isentos de prescrição (MIPs) no Brasil. Research, Society and Development, v. 11, n. 7, p. e42211730493, 2022.

SELVARAJ, K.; KUMAR, S. G.; RAMALINGAM, A. Prevalence of self-medication practices and its associated factors in Urban Puducherry, India. Perspectives in Clinical Research, v. 5, n. 1, p. 32, 2014.

TOGNOLI, T. A. et al. Automedicação entre acadêmicos de medicina de Fernandópolis–São Paulo. Journal of Health & Biological Sciences, v. 7, n. 4 (Out-Dez), p. 382-386, 2019.

WIROWSKI, N. et al. Prevalência de automedicação para COVID-19 entre adultos jovens durante a pandemia no Brasil. Research, Society and Development, v. 11, n. 7, p. e29011729955, 2022.

XAVIER, M. S. et al. Automedicação e o risco à saúde: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 1, p. 225-240, 2021.

Downloads

Publicado

30-05-2024

Como Citar

ALMEIDA, M. L. .; ALMEIDA, M. L. .; ANDRADE, M. V. M. de .; OLIVEIRA, J. da S. .; ANDRADE, S. M. de .; RODRIGUES, D. C. do N. . Estudo epidemiológico das notificações de casos por automedicação no estado do Piauí entre 2012 e 2022. Revista de Casos e Consultoria, [S. l.], v. 15, n. 1, p. e34773, 2024. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/casoseconsultoria/article/view/34773. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde