COVID-19 E IDOSOS NO BRASIL
Um olhar sob a perspectiva da raça/cor da pele
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-5560.2021v22n2ID27502Palavras-chave:
Covid-19, Desigualdades em saúde, Origem étnica e saúde, Saúde do idoso, RacismoResumo
No Brasil, país com histórico e tradição colonial, o racismo estrutural é uma realidade que impacta a equidade em saúde e o bem-estar da população negra (parda e preta). Além disso, tem graves repercussões nas condições socioeconômicas, frutos de uma história escravocrata, patrimonialista e excludente que tem como resultado os piores indicadores sociais e de saúde da população afrodescendente. Esses pressupostos contrapõem-se a narrativas que propõem uma leitura sobre a covid-19 ser uma pandemia democrática, cujo argumento se alinha à retórica da democracia racial, conceito originado na metade do século XX, que defendia que o Brasil era dotado de boas relações raciais devido ao seu histórico de miscigenação e definições raciais imprecisas, o que corresponde a uma potente estratégia de manutenção do lugar de populações racializadas, como negros e indígenas, em uma produção da colonialidade moderna. Sob tais premissas, o objetivo deste artigo é discutir indicadores de saúde da covid-19, segundo o marcador social raça/cor da pele da população idosa brasileira, publicados pelo Ministério da Saúde do Brasil, haja vista a gravidade dessa doença nesse grupo etário, as controvérsias desse quesito nessas publicações e o racismo estrutural que remonta à escravidão.
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