Antropólogos/as e etnografias diante de processos de adoecimento e medicalização no Brasil – por uma reflexão prática em defesa do SUS

Autores

  • Francisco Cleiton Vieira Silva do Rego Doutorando pelo PPGAS/UFRN http://orcid.org/0000-0002-8852-6212
  • Tatiane Vieira Barros Doutoranda pelo PPGAS/UFSC

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2017v4n7ID14882

Palavras-chave:

Saúde, Doença, Etnografia, Serviços de saúde, Antropologia da saúde

Resumo

Atendendo ao caráter central da Revista Equatorial, um periódico produzido e de forte público discente, a corrente apresentação além de cumprir seu papel mais óbvio, objetiva-se disponibilizar uma pequena introdução crítica, principalmente a alunos e alunas de graduação e pós-graduação, do caráter de uma antropologia da saúde e da atuação de antropólogos, antropólogas e etnografias em face ao cuidado e atenção em saúde. Levando-nos, portanto, a assumir uma posição em defesa do Sistema Único de Saúde contra projetos político-econômicos que visam seu desmantelamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Francisco Cleiton Vieira Silva do Rego, Doutorando pelo PPGAS/UFRN

Doutorando e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Bolsista CAPES.

Tatiane Vieira Barros, Doutoranda pelo PPGAS/UFSC

UFSC

Referências

ALVES, Paulo C.; SOUZA, Iara. M. A. Escolha e avaliação de tratamento para problemas de saúde: considerações sobre o itinerário terapêutico”. In: ALVES, Paulo et al. Experiência da doença e narrativa. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz. 1999.

BOURDIEU, Pierre. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo: Editora da UNESP, 2004.

CANESQUI, Ana Maria. Nota sobre a produção acadêmica de antropologia e saúde na década de 80. In: ALVES, Paulo César; MINAYO, Maria Cecília de S. (Orgs.). Saúde e doença: um olhar antropológico. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1994.

____. Os estudos de antropologia da Saúde/doença no Brasil na década de 1990. Ciência e Saúde coletiva, v. 8, n.1, p. 109-124, 2003.

DEIN, Simon. Explanatory models and over systematization in medical anthropology. In: Roland Littlewood. (Ed.). On knowing and not knowing in the Anthropology

of Medicine. WalnutCreek, CA: Left Coast Press, 2007.

DUARTE, Luís F. D. A outra saúde: mental, psicossocial, físico-moral? In: ALVES, Paulo César; MINAYO, Maria Cecília de S. (Orgs.). Saúde e doença: um olhar antropológico. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1994.

____. Da Vida Nervosa (nas classes trabalhadoras urbanas). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor/CNPq, 1986.

FASSIN, Didier. Why Ethnography Matters: On anthropology and Its Publics. Cultural Anthropology, vol. 28, Issue 4, pp. 612-646, 2013.

FORNET-BETANCOURT, Raúl. Interculturalidad y barbarie: 11 tesis provisionales para el mejoramiento de las teorías y prácticas de la interculturalidad como alternativa de otra humanidad. In: La interculturalidad a prueba. Verlag Mainz, Concordia Reihe Monographien, Band 43, 2006.

GARNELO, Luiza. Política de Saúde Indígena no Brasil: notas sobre as tendências atuais do processo de implantação do subsistema de atenção à saúde. In: Saúde Indígena: uma introdução ao tema. Brasília: Ministério da Educação, 2012.

GOOD, Byron J. Medicine, Rationality, and Experience. Cambridge: Cambridge

University Press. 1994.

GOOD, Byron J.; DELVECCHIO GOOD, Mary-Jo. The meanings of symptoms: a

cultural hermeneutic model for clinical practice. In: EISENBERG, L.; KLEINMAN, A. (Eds.). The relevanceof Social Science for Medicine. Michigan: D. Reidel Pub. Co, 1981.

KLEINMAN, Arthur. Concepts and a model for the comparison of medical systems as cultural systems. In: CURRER, C.; STACEY, M. (Eds). Concepts of Health, Illness and Disease. Londres: Berg, 1986.

LANGDON, Esther Jean, FOLLÉR, Maj-Lisr e MALUF, Sônia Weidner. Um balanço da antropologia da saúde no Brasil e seus diálogos com as antropologias mundiais. Anuário Antropológico, Brasília, I, 2012, 51-89.

LOCK, Margaret. Cultivating the body: Anthropology and Epistemologies of Bodily

Practice and Knowledge. Annual Review of Anthropology, 22, pp. 133-155, 1993.

MALUF, Sônia. Gênero, saúde e aflição: políticas públicas, ativismo e experiências sociais. In: MALUF, S. W. e TORNQUIST, C. S. (Orgs.). Gênero, saúde e aflição: abordagens antropológicas. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2010.

NASCIMENTO, Pedro e MELO, Ariana C. de. "Esse povo não está nem aí": as mulheres, os pobres e os sentidos da reprodução em serviços de atenção básica à saúde em Maceió, Alagoas. In: FERREIRA, Jaqueline; FLEISCHER, Soraya (Orgs.). Etnografias em serviços de saúde. Rio de Janeiro: Garamond, 2014.

PORTELA, Hugo G. La Epidemiologia intercultural: argumentaciones, requerimientos y propuestas. Popayan: Editorial Universdad del Cauca, 2008.

PORTO, Rozeli M. Aborto legal e o cultivo ao segredo: dramas, práticas e representações de profissionais de saúde, feministas e agentes sociais no Brasil e em Portugal. Tese (Doutorado em Antropologia Social), Universidade Federal de Santa Catarina, 2009.

PORTO, Rozeli M.; COSTA, Patrícia R. S. M. O Corpo Marcado: a construção do discurso midiático sobre Zika Vírus e Microcefalia. Cadernos de Gênero e Diversidade, Salvador, v. 3, n. 2, pp. 158-191, 2017.

VALLE, Carlos Guilherme O. Corpo, Doença e Biomedicina: Uma análise antropológica de práticas corporais e de tratamento entre pessoas com HIV/AIDS. Vivência, Natal, v. 1, n. 35, pp. 33-51, 2010.

____. Doença, ativismo biossocial e cidadania terapêutica: a emergência da mobilização de pessoas com HTLV no Brasil. Vivência, Natal, v. 1, n. 41, pp. 27-47, 2013.

Downloads

Publicado

11-05-2018

Como Citar

REGO, F. C. V. S. do; BARROS, T. V. Antropólogos/as e etnografias diante de processos de adoecimento e medicalização no Brasil – por uma reflexão prática em defesa do SUS. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 4, n. 7, p. 8–23, 2018. DOI: 10.21680/2446-5674.2017v4n7ID14882. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/14882. Acesso em: 18 abr. 2024.