Olhares sobre as dinâmicas alimentares transculturais nos territórios de atenção à saúde indígena de Oriximiná, Pará, Brasil

Autores

  • Nádile Juliane Costa de Castro NAEA/UFPA

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2019v6n11ID15992

Palavras-chave:

saúde coletiva; populações vulneráveis; nutrição

Resumo

A Casa de Saúde Indígena (CASAI) é uma casa de apoio e passagem para povos indígenas que precisam sair de suas aldeias. A partir deste serviço são realizados tratamentos para saúde em outros níveis de complexidades e em centros urbanos além dos oferecidos pela atenção básica de saúde e dentro da rede de atenção a saúde do Sistema Único de Saúde. No mais, a CASAI é um território de saúde, e como tal é organizada para o processo de trabalho da equipe multiprofissional em saúde. Nestes termos, deve oferecer infraestrutura e características que dinamizem com as questões sociais e culturais dos povos indígenas garantido o acesso e acessibilidade.

Estes territórios, em geral, são espaços que possuem dinâmicas interculturais em função da logística inserida entre aldeias e centro urbanos, e interdisciplinar em função dos diversos contextos relativos ao programa de saúde e dos profissionais que compõe a equipe de execução e apoio aos serviços. Por certo, advém entender que a atenção à saúde nestes territórios deve sempre estar atrelada ao cuidado cultural em função de considerar as singularidades de povos tradicionais (LEININGER, 2001). De todo modo, a saúde é inerente a cultura, pois, seus processos incluem regras e condições (CAMPOS, 2002) que quando inseridas nas competências e habilidades profissionais conseguem realizar ações efetivas em saúde.

Nesta direção, este ensaio foi realizado por meio de um estudo de caso[i][ii] (YIN, 2015) executado no ano 2018 e reúne um grupo de imagens relativas as dinâmicas de alimentação e nutrição nas adjacências[iii] da CASAI de Oriximiná, PA. É um grupo de 10 imagens que buscam não somente o registro do momento, mas, por meio deste, promover a reflexão sobre o cuidado cultural e as novas demandas de agravos percebidos no contexto de atenção aos povos indígenas e aos novos e antigos hábitos alimentares e dentro do contexto amazônico como propõe Simonian (2007).

É interessante, portanto, refletir a partir desses registros aspectos como das políticas de incentivos a práticas alimentares saudáveis, dos povos indígenas como cidadão e seus direitos a promoção à saúde. No mais, tais visualidades permitem olhares a estes contextos e possibilitam reflexões relativas as competências culturais e necessidade de implementações destas aos profissionais de saúde.

 

 

 

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Referências

REFERÊNCIAS

CAMPOS, G.W.S. Sete considerações sobre saúde e cultura. Saúde e sociedade. 11: p. 105-115; 2002.

LEININGER, M. Culture Care Diversity and Universality: a theory of Nursing. Boston: Jones and Barlett Pubs. XVI. 432p. 2001.

YIN, Y. Estudo de caso: planejamento e método. Bookman. 2015.

SIMONIAN, L.T.L. Uma relação que se amplia: fotografa e ciência sobre e na Amazônia. Imagens e pesquisas: ferramentas para compreensão da realidade amazônica. Belém: Editora do NAEA. p. 15-52; 2007.

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Publicado

07-11-2019

Como Citar

CASTRO, N. J. C. de. Olhares sobre as dinâmicas alimentares transculturais nos territórios de atenção à saúde indígena de Oriximiná, Pará, Brasil. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 6, n. 11, p. 1–9, 2019. DOI: 10.21680/2446-5674.2019v6n11ID15992. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/15992. Acesso em: 21 dez. 2024.