Doces de Crianças

sobre comida e ritual em giras de ibejadas

Autores

  • Morena Barroso Martins de Freitas PPGAS/MN/UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2019v6n11ID16527

Palavras-chave:

antropologia do ritual;, umbanda;, ibejada;, doces;, Rio de Janeiro

Resumo

Neste trabalho, trago algumas giras festivas e de consulta de ibejada - as Crianças que integram o panteão de divindades da umbanda e são tema de minha pesquisa de doutorado - observadas em centros de umbanda do Rio de Janeiro. Tomando a presença e circulação de doces nesses rituais, procuro pensar em como e o que a comida nos comunica acerca dessas entidades e desses eventos. Os doces alimentam e qualificam essas Crianças. Balas, cocadas, suspiros, peras e maçãs circulam nesses rituais materializando, mediando e comunicando conselhos, proteção, agradecimentos, pedidos e devoção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AUTOR, 2015.

CAMPELO, Marilu Marcia. As crianças do céu e as crianças da terra nos terreiros umbandistas. Monografia apresentada ao Prêmio Sílvio Romero –IBAC. Rio de Janeiro: [s.n.], 1993, 93 p.

CAPONE, Stefania. Divine children: the ibejis and the erês in Brazilian Candomblé. In PEEK, Philip (éd.). Twins in African Cultures and the Diaspora: Double Trouble or Twice Blessed. Bloomington: Indiana University Press, 2011, pp. 290-305.

CASCUDO, Luís da Câmara. História da alimentação no Brasil. 3.ed. São Paulo: Global, 2004

DA MATTA, Roberto. Carnavais, paradas e procissões: reflexões sobre o mundo dos ritos. In: ______. Carnavais, malandros e heróis. Para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1979, p. 35-66.

FOWLES, Severin. The perfect subject (postcolonial objects studies). Journal of Material Culture. 21(1), 2016, pp. 9-27.

FREYRE, Gilberto. Açúcar: uma sociologia do doce, com receitas de bolos e doces do Nordeste do Brasil. 5a.ed. revista. São Paulo: Global, 2007.

KEANE, Webb. "Semiotics and the social analysis of material things. Languages & Communication, 23.3, 2003, p. 409-425.

KOSBY, Marília Floor. Nós cultuamos todas as doçuras: as religiões de matriz africana e a tradição doceira de Pelotas. Porto Alegre: Après Coup - Escola de Poesia, 2015.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Le Cru et le Cuit. Paris: Plon, 1964.

LIMA, Vivaldo da Costa. As dietas africanas no sistema alimentar brasileiro. Salvador, PEA,1997.

MENEZES, Renata de Castro. Doces santos: sobre os saquinhos de Cosme e Damião. In: Edlaine de Campos Gomes; Paola Lins de Oliveira. (Org.). Olhares sobre o patrimônio religioso. Rio de Janeiro: Mar de Ideias, 2016, p. 57-87.

PEIRANO, Mariza (org). O dito e o feito: ensaios de antropologia dos rituais. Rio de Janeiro : Relume Dumará : Núcleo de Antropologia da Política/UFRJ, 2002

RABELO, Miriam C. Os Percursos Da Comida No Candomblé De Salvador. Papeles de Trabajo, Año 7, N° 11, mayo de 2014, pp. 86-108.

TAMBIAH, S. J. A Performative Approach to Ritual. Proceedings of the British Academy, 65: 113- 169, 1985.

TRINDADE-SERRA, Ordep José. Na trilha das crianças: os erês num terreiro de Angola. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social). Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Ciências Humanas da Universidade de Brasília, Brasília, 1978, 413f.

Downloads

Publicado

28-10-2019

Como Citar

FREITAS, M. B. M. de. Doces de Crianças: sobre comida e ritual em giras de ibejadas. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 6, n. 11, p. 1–19, 2019. DOI: 10.21680/2446-5674.2019v6n11ID16527. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/16527. Acesso em: 21 dez. 2024.