Uno nunca regresa como sale: a viagem das palenqueras com os doces

Autores

  • Maíra Samara Freire Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2020v7n12ID18600

Palavras-chave:

raça, trabalho, palenqueras, deslocamentos

Resumo

Esse artigo resulta de uma etnografia no período vivenciado com sete mulheres negras oriundas de San Basilio de Palenque, que em função de sua atividade laboral com doces, estavam em Bucaramanga, cidade localizada em Santander, Colômbia. Nesse trabalho procuro entender sua agência social e os desdobramentos dessa experiência. A tentativa é a de acompanhar o movimento das mulheres em circulação com os doces, e assim pensar nos fluxos, nos deslocamentos, nas interações e nos significados desta atividade em termos das relações de gênero, trabalho, raça e classe social apontando o comércio como o lugar da experiência de luta, de trabalho e de sobrevivência da mulher negra na diáspora africana.

 

Palavras-chave: palenqueras; raça; trabalho; antropologia das relações raciais;

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maíra Samara Freire, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Samara Freire é doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ-2018), mestre em Antropologia Social (UFRN-2012), graduada em Ciências Sociais (UFRN-2006). Tem experiência na área de Antropologia das Populações Afro-americanas, atuando nos seguintes temas: relações raciais, juventude, famílias negras, articulações entre raça, gênero e trabalho. Realizou pesquisas etnográficas e consultoria antropológica com populações e povos tradicionais no Brasil e na Colômbia.  É pesquisadora associada ao NUSEX (Núcleo de Estudos em Corpos, Gêneros e Sexualidade), da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Membra do comitê Antropólogos/as Negros/as da ABA (Associação Brasileira de Antropologia).

Referências

Referências:

ABU-LUGHOD, Lila. Veiled sentiments: honor and poetry in a Bedouin society. Berkeley: University of California Press, 1986.

ANZALDÚA, Gloria; MORAGA, Cherríe. This bridge called my back: writings by radical women of color. New York: Kitchen Table Press, 1981.

ARRÁZOLA, Roberto. 1970. Palenque, primer pueblo libre de América: historia de las sublevaciones de los esclavos de Cartagena. Cartagena: Ediciones Hernández, 1970.

AVENDAÑO, Mary Luz. Los dueños del “paga diario”. El Espectador [online], 21 jun. 2009. Disponível em: <https://www.elespectador.com/impreso/nacional/articuloimpreso146963-los-duenos-del-paga-diario>. Acesso em: 10 out. 2017.

BRANCH, Enobong Hannah. The Creation of Restricted Opportunity due to the Intersection of Race & Sex: Black Women in the Bottom Class. Race, Gender & Class, Vol. 14, No. 3-4, p. 247-264, 2007.

CARNEIRO, Sueli. (1995). Gênero, raça e ascensão social. Estudos Feministas, v. 3, n. 2, ano 3, pp. 544-552.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 1. Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. 1 ed. Rio de janeiro: Ed. 34, 1995.

DÍAZ-BENÍTEZ, Maria. Elvira. “Governo, desejo, afeto.” In: FERNANDES, Camila; RANGEL, Everton; LIMA, Fátima (Orgs.). (Des)Prazeres da Norma. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2018, no prelo.

FREIRE, Maíra. Doce, suor e lágrimas: trabalho e gênero em uma comunidade negra do Caribe Colombiano (San Basílio de Palenque). Tese (Doutorado em Antropologia Social), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Rio de Janeiro,2018.

LUGONES, María. Colonialidad y género. Tabula Rasa, n. 9, jul.-dec. 2008.

MAHMOOD, Saba. Teoria feminista, agência e sujeito libratório: algumas reflexões sobre o revivalismo islâmico no Egipto. Etnográfica, X, pp. 121-158, 2006.

MASSIAH, Joycelin .La Mujer como jefe de familia en el Caribe: estructura familiar y condición social de la mujer Las Mujeres en la perspectiva mundial; Paris, UNESCO, 1984.

MARTÍNEZ-ALIER, Verena. Marriage, class and the colour in nineteenth-century Cuba. A study of racial attitudes and sexual values in a slave society. Ann Arbor: The University of Michigan Press. 1989.

NAVARRETE, María Cristina. Historia social del negro en la colonia, Cali: Universidad del Valle, 1995.

MARQUEZ, Edith Reyes. La mujer negra en Colombia. Chimamaya – Expresión del pensar feminino, n. 9, Barranquilla, Novembro de 1992.

Downloads

Publicado

27-02-2020

Como Citar

FREIRE, M. S. Uno nunca regresa como sale: a viagem das palenqueras com os doces. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 7, n. 12, p. 1–35, 2020. DOI: 10.21680/2446-5674.2020v7n12ID18600. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/18600. Acesso em: 22 dez. 2024.