Devir institucional

encontros entre os modos de vida minoritários e a institucionalização psiquiátrica permanente

Autores

  • Sabrina Melo Del Sarto UFSC

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2021v8n15ID24356

Palavras-chave:

Antropologia da Saúde, Institucionalização, Etnografia de Hospital

Resumo

Neste artigo, objetivou-se pensar na cotidianidade de um hospital psiquiátrico para além das coercitividades impostas pela institucionalização permanente. Os modos de vida minoritários dos moradores da instituição nos revelaram, em seus próprios fragmentos, maneiras-outras de pensar as suas vivências em uma ala pública hospitalar denominada de "Lar Abrigado". A partir de um trabalho etnográfico, observou-se como a realidade institucional pode ser habitada e reinventada pelos 19 moradores daquele espaço. Observou-se também o quanto os movimentos compostos pelo desejo podem ser pensados enquanto uma potência que movimenta e desestrutura aquele mundo. A pesquisa foi composta, além do trabalho etnográfico, também por entrevistas semi-estruturadas e levantamento bibliográfico-documental.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARBOSA, Maicon. O conceito de devir a partir da filosofia da diferença. Anais. II Colóquio Filosofia e Literatura: Fronteiras, 2010.

BEUF, Ann. H. Biting of the bracelet: a study of children in hospitals. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1979.

BIEHL, João. Antropologia Entre o Inesperado e o Inacabado: Entrevista com Joa?o Biehl. Horizontes Antropolo?gicos, Porto Alegre, ano 22, n. 46, p. 389-423, jul./dez. 2016.

BIEHL, João. Vita: life in a zone of social abandonment. Photographs by Torben Eskerod. Berkeley: University of California Press, 2005.

BUTLER, Judith. Cuerpos que importan. Sobre los li?mites materiales y discursivos del «sexo». Buenos Aires: Paido?s, 2002 [1993].

CERTEAU, Michel de. A invenc?a?o do quotidiano. Petro?polis, Vozes, 1990

CUNHA, Maria Clementina Pereira. O Espelho do Mundo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

DELEUZE, Gilles. Cri?tica e cli?nica, Rio de Janeiro, Editora 34, pp. 156-157, 1997.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Plato?s. Capitalismo e Esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997.

FERRANDIZ, Francisco. Etnografias Contempora?neas: anclajes, me?todos y claves para el futuro. Barcelona: Anthopos editorial; Me?xico: UAM-Iztapalapa. Divisiones de Cie?ncias Sociales e Humanidades, 2011.

FONSECA, Claudia. Fami?lia, fofoca e honra: etnografia das relac?o?es de ge?nero e viole?ncia em grupos populares. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 2000.

FOUCAULT, Michel. A Histo?ria da Loucura na Idade Cla?ssica. Sa?o Paulo: Perspectiva, 1997.

FOUCAULT, Michel. O Nascimento da Cli?nica. Rio de Janeiro: Forense Universita?ria, 1998 [1961].

GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulac?a?o da identidade deteriorada. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1980. (Original ingle?s de 1963).

GOFFMAN, Erving. Manico?mios, Priso?es e Conventos. Sa?o Paulo: Perspectiva, 1961.

MALUF, Sônia Weidner; BRITTO, Mirella Alves de; BARBOSA, Inaê Iabel; SILVA, Camila Andressa Dias da. Por dentro do Hospital Colônia Santana: uma leitura etnográfica de prontuários. Anuário Antropológico, v. 45, n. 2, p. 54-75 maio/ago. 2020. Universidade de Brasília. Disponível em: https://journals.openedition.org/aa/5799.

ORTNER, Sherry Beth. Anthropology and Social Theory: Culture, Power, and the Acting Subject. Duke University press, 2006.

SCOTT, James. A dominação e a arte da resistência. Capítulo I. Por detrás da história oficial. Lisboa, Livraria Letra Livre, 2013.

Downloads

Publicado

31-08-2021

Como Citar

MELO DEL SARTO, S. Devir institucional: encontros entre os modos de vida minoritários e a institucionalização psiquiátrica permanente. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 8, n. 15, p. 1–18, 2021. DOI: 10.21680/2446-5674.2021v8n15ID24356. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/24356. Acesso em: 25 abr. 2024.