“Omolu quer todo mundo no Olubaje”
o cotidiano de um terreiro goiano durante a pandemia
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-5674.2022v9n16ID26154Palavras-chave:
antropologia das religiões, candomblé, comunidades tradicionais, cuidado, pandemiaResumo
O texto reúne material do trabalho de campo realizado para pesquisa de mestrado apresentada em 2019 com reflexões e observações a partir das experiências vividas durante o ano de 2020, em meio à pandemia de covid-19. A partir da expressão “ser com o outro” utilizada pela Iyalorixá da Casa de Oya, que permite conhecer o modo relacional das religiões de matriz africana (RMAs), o objetivo é apresentar como os desdobramentos da pandemia impactaram o cotidiano do terreiro. Enquanto filha desse terreiro de candomblé goiano e pesquisadora, proponho reflexões sobre as especificidades das RMAs bem como sobre algumas adaptações realizadas na rotina do terreiro, sobre o pedido de Omolu, para todos comparecerem ao Olubajé. Como continuar “sendo com os outros” se as orientações sanitárias impedem contato e proximidade, justamente características das práticas de convivência e ritualísticas dos terreiros?
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