Entre sangre y úteros

una reflexión sobre el potencial de la investigación antropológica sobre la histerectomía

Autores/as

  • Clarissa Cavalcanti Universidade de Bras´ília

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2023v10n19ID33567

Palabras clave:

Histerectomía, Útero, Justicia Reproductiva, Antropología de la Salud

Resumen

La extirpación del útero es un procedimiento que puede estar indicado por diversas razones y que afecta a las personas de diferentes maneras. Por lo general, el proceso de enfermedad uterina puede estar causado por fibromas benignos que dan lugar a la histerectomía, y se analiza aquí a través de los relatos de mujeres urbanas de clase media que se han sometido a la intervención. En este artículo, además de presentar la histerectomía y los principales itinerarios terapéuticos que conducen a la cirugía, intento reflexionar sobre el potencial del tema para la Antropología de la Salud y del Género, dado que la decisión de extirpar el útero impregna las experiencias con la maternidad y las reflexiones sobre el significado de este órgano en la vida de las personas. Entiendo que la investigación realizada tuvo sus límites metodológicos, al basarse en 15 entrevistas semiestructuradas con mujeres urbanas de clase media de Brasilia. En este sentido, sugiero que nuevas investigaciones sobre las enfermedades uterinas, especialmente la histerectomía, tienen el potencial de ser analizadas desde diferentes perspectivas, especialmente utilizando nuevas metodologías y diversificando los actores involucrados.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Clarissa Cavalcanti, Universidade de Bras´ília

Mestranda em Antropologia Social (PPGAS/UnB) e Especialista em Políticas Públicas e Justiça de Gênero (CLACSO). É analista em incidência e pesquisa na Anis – Instituto de Bioética e no Projeto Cravinas – Práticas em Direitos Humanos e Direitos Sexuais e Reprodutivos (FD/UnB). Tem como interesse de pesquisa os processos de adoecimento uterino, a antropologia do gênero e saúde e a justiça reprodutiva.

Citas

ARAÚJO, Thália V. Barreto de; AQUINO, Estela M. L.. Fatores de risco para histerectomia em mulheres brasileiras. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, p. S407–S417, 2003.

BARCELOS, Natane B. et al. Clinicopathological study of cystic and atypical uterine leiomyoma: a rare entity. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 57, p. e3072021, 2021.

BELAUNDE, Luisa Elvira. A força do pensamento, o fedor do sangue. Hematologia e gênero na Amazônia. Revista de Antropologia, v. 49, n. 1, p. 205–243, 2006.

BEHAR, Ruth. My Mexican Friend Marta Who Lost Her Womb on This Side of the Border. Journal of Women's Health, v. 2, n. 1, p. 85–89, 1993.

BOCLIN, Karine de Lima Sírio; FAERSTEIN, Eduardo. Prevalência de diagnóstico médico auto-relatado de miomas uterinos em população brasileira: Padrões demográficos e socioeconômicos no Estudo Pró-Saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 16, n. 2, p. 301–313, 2013.

CÂMARA DOS DEPUTADOS. Comissão debate o atendimento às vítimas do contraceptivo Essure no Brasil. [S.l.], 2021. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/comissao-de-defesa-dos-direitos-da-mulher-cmulher/noticias/comissao-debate-o-atendimento-as-vitimas-do-contraceptivo-essure-no-brasil#:~:text>. Acesso em: 04 mai. 2023

CARSTEN, Janet. Introduction: blood will out. Journal of the Royal Anthropological Institute, v.19, p. S1–S23, 2013.

CAVALCANTI, Clarissa. “Útero só serve para duas coisas?” Percepções de mulheres que passaram por histerectomia. Monografia (Graduação em Ciências Sociais) — Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Brasília, Brasília, 2019.

CAVALCANTI, Clarissa. “Tinha um livro de ginecologia dentro do seu útero”: a narrativa de Isadora sobre sua histerectomia. Pós - Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais, [S. l.], v. 16, n. 1, 2021.

CHEN, Innie; CHOUDHRY, Abdul Jamil; TULANDI, Togas. Hysterectomy Trends: A Canadian Perspective on the Past, Present and Future. Journal of Obstetrics and Gyanecology Canada, v. 41, p. S340–S342, 2019.

COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2021.

DALSGAARD, Anne Line. Vida e esperanças: esterilização feminina no Nordeste. São Paulo: Editora UNESP, 2006.

DAVIS, Angela. Racismo, controle de natalidade e direitos reprodutivos. In: DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo, 2016. p. 205–223.

FARIA, Paola Mattos; SILVA, Marcella Carneiro Lack; AHNERT, Thaís Rosa; REIS, Bruno Cezario Costa. Comparação epidemiológica da histerectomia vaginal e videolaparoscópica no Brasil de 2016 a 2021. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], v. 9, n. 5, p. 3080–3089, 2023.

FONSECA, Claudia; MARRE, Diana; RIFIOTIS, Fernanda. Governança Reprodutiva: um assunto de suma relevância política. Horizontes Antropológicos, v. 27, n. 61, p.7–41, 2021.

GINSBURG, Faye; RAPP, Rayna. The Politics of Reproduction. Annual Review of Anthropology, v. 20, p. 311–343, 1991.

GOES, Emanuelle Freitas; NASCIMENTO, Enilda Rosendo do. Mulheres negras e brancas e os níveis de acesso aos serviços preventivos de saúde: uma análise sobre as desigualdades. Saúde em Debate, v. 37, n. 99, p. 571–579, 2013.

hooks, bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.

HYDEN, Lars Christer. Illness and narrative. Sociology of health and illness, v. 19, n. 1, p. 48–69, 1997.

KOTA-NYATI, Phumeza; HOELSON, Christopher. Identity Constructions at Hysterectomy: Black Women’s Narratives. Gender Questions, v. 7, n. 1, 2019.

MANICA, Daniela. Estranhas entranhas: De antropologias, e úteros. Amazôn., Rev Antropol. (Online), v. 10, n. 1, p. 20–41, 2018.

MARTIN, Emily. A Mulher no Corpo. Uma análise cultural da reprodução. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.

MATTINGLY, Cheryl; GARRO, Linda C. Introduction. In: (Orgs). Narrative and the cultural construction of illness and healing. Berkeley: University of California Press, 2000. p. 1–49.

MATTAR, Laura Davis; DINIZ, Carmen Simone Grilo. Hierarquias reprodutivas: maternidade e desigualdades no exercício de direitos humanos pelas mulheres. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 16, n. 40, p. 107–120, 2012

MESQUITA, Yanne Carolline Silva; WANDERLEY, Georgianna Silva; CHAVES, José Humberto Belmino; WANDERLEY, Geordanna Silva. Perfil epidemiológico dos casos de histerectomia em um Hospital Universitário Terciário. Medicina (Ribeirão Preto), [S. l.], v. 54, n. 1, p. e174293, 2021.

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. PFDC alerta Ministérios Públicos de 10 capitais brasileiras sobre a necessidade de acolhimento às mulheres que utilizaram o contraceptivo Sistema Essure. [S.l.], 2022. Disponível em: https://www.mpf.mp.br/pfdc/noticias/pfdc-alerta-ministerios-publicos-de-10-capitais-brasileiras-sobre-a-necessidade-de-acolhimento-as-mulheres-que-utilizaram-o-contraceptivo-sistema-essure. Acesso em: 04 mai. 2023.

MORGAN, Lynn M.; ROBERTS, Elizabeth. Reproductive governance in Latin America. Anthropology & Medicine, v. 19, n. 2, p. 241–254, 2012.

MOORE, Alison M. Downham; TWOGHI, Fouzieyha; ASHFORD, Holly Rose; DUNE, Tinashe; PITHAVADIAN. The global proliferation of radical gynaecological surgeries: A history of the present. History and Anthropology, v. 34, n. 4, p. 673–697, 2021.

MOORE, Alisson M. Downham. Race, class, disability, sterelisation and hysterectomy. Medical Humanity, v. 49, p. 27–37, 2023.

NUNES, Maria da P.; GOMES, Vera L.; PADILHA, Maria.; GOMES, Giovana; FONSECA, Adriana. Representações de mulheres acerca da histerectomia em seu processo de viver. Escola Anna Nery, v. 13, n. 3, p. 574–581, 2009.

PROENÇA, Marcela Piloto de; SECCO, Lincoln. Mulher, Estado e reprodução: esterilização em Porto Rico. Tensões Mundiais, [S. l.], v. 17, n. 33, p. 249–276, 2021.

ROHDEN, Fabiola. Uma Ciência da Diferença: sexo e gênero na medicina da mulher. Rio de Janeiro: Editora da Fiocruz. 2001.

ROSS, Loretta; SOLINGER, Rickie. Reproductive Justice: An Introduction. Oakland: The University of California Press, 2017.

SARDENBERG, Cecília. De sangrias, tabus e poderes: a menstruação numa perspectiva sócio-antropológica. Revista Estudos Feministas, Rio de Janeiro, CIEC/ECO/UFRJ, v. 2, n. 2, p. 315, 1994.

SOLBRÆKKE, Kari Nyheim; BONDEVIK, Hilde. Absent organs—present selves: exploring embodiment and gender identity in young Norwegian women's accounts of hysterectomy. International journal of qualitative studies on health and well-being, v. 10, n. 1, p. 26720, 2015.

VELHO, Gilberto. Observando o familiar. In: VELHO, Gilberto. Individualismo e cultura: notas para um a antropologia da sociedade contemporânea. 3. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987. p. 121-132.

VIEIRA, Elisabeth Meloni. A medicalização do corpo feminino. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2002.

WERNECK, Jurema. Racismo institucional e saúde da população negra. Saúde e Sociedade, v. 25, n. 3, p. 535–549, 2016.

Publicado

14-12-2023

Cómo citar

CAVALCANTI, C. Entre sangre y úteros: una reflexión sobre el potencial de la investigación antropológica sobre la histerectomía. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 10, n. 19, p. 1–20, 2023. DOI: 10.21680/2446-5674.2023v10n19ID33567. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/33567. Acesso em: 27 jul. 2024.