Estética como ação política: fazendo cabeças e soltando cabelos.

Autores

  • Amanda Raquel Da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2017v4n6ID14946

Palavras-chave:

Antropologia do sujeito, Transição capilar, Identidade, Raça, Cabelo

Resumo

O presente trabalho tem o objetivo de analisar os processos de construção de sujeito a partir do movimento Encrespa Geral, na cidade de Natal/RN. Nele são abordados temas da identidade negra de mulheres e sua afrmação ativista por meio do cabelo afro. São mulheres que passam pelo processo estético de transição capilar e pretendem reconstruir uma personalidade deteriorada pelos padrões de beleza estereotipados que desvalorizam os traços negroides. A ideia sustentada é de que o movimento não se resume a um debate estético, mas a partir dele se tem a discussão política sobre corpo e estética de mulheres negras atualmente. Além disso, será analisado o processo de transição capilar, no qual cabelo crespo, livre da química e assim dito, natural, é visto como um dispositivo de contestação de uma espécie de “ditadura capilar” e ao mesmo tempo, da produção de sujeitos. Por isso, proponho re?etir como a construção de um elemento estético – o cabelo crespo, sem química - tem sido vista e entendida enquanto formadora de um ativismo social, cultural e político do negro no Brasil. A pesquisa consiste na análise das narrativas de mulheres residentes em Natal/RN, e o meio privilegiado para a etnografa se deu pelo evento intitulado “Encrespa Geral”, onde se discutiu com as participantes, a partir da temática do cabelo, questões como autoestima, racismo e construção da identidade.

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Biografia do Autor

Amanda Raquel Da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestranda em Antropologia Social, PPGAS/UFRN

Referências

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Publicado

22-09-2017

Como Citar

DA SILVA, A. R. Estética como ação política: fazendo cabeças e soltando cabelos. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 4, n. 6, p. 83–111, 2017. DOI: 10.21680/2446-5674.2017v4n6ID14946. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/14946. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos