“Um maligno escrivão”
Bento Ferreira Mouzinho sob o reinado de D. João V (1715-1755)
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2017v12n01ID17647Palavras-chave:
Escrivão da Câmara, Cultura política, Trajetória administrativa, História Cultural, História e EspaçosResumo
Este artigo investiga a trajetória de Bento Ferreira Mouzinho nas estruturas administrativas locais da Capitania do Rio Grande, onde se radicou de 1715 a 1745, constituiu família e exerceu diversos ofícios, dentre os quais o de escrivão da Câmara do Natal. Bento Ferreira, imbuído da lógica da cultura política do Antigo Regime, conseguiria angariar bens materiais e simbólicos, ascendendo na escala hierárquica social. Mormente, o trajeto desse agente constitui-se emblemático pelos inúmeros problemas estruturais que aponta, como os limites do mando institucional, as mercês, as redes clientelares, dimensão familiar, a cultura política, enfim, a própria natureza do poder da Coroa, ora inclinando-se a centralização, ora ao autogoverno nas conquistas.
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