“Anos 70, não deu pra ti...”:
considerações sobre a memória, juventude e período autoritário através do filme “Deu pra ti, anos 70...” (1981) e da peça teatral “Bailei na Curva” (1983)
Palavras-chave:
Cidade, Memória, Ditadura, Porto Alegre, CulturaResumo
Este trabalho se propõe a analisar duas produções culturais surgidas nos anos finais da última ditadura brasileira: o longa-metragem em Super 8, lançado em 1981, “Deu pra ti, anos 70...”, de Nelson Nadotti e Giba Assis Brasil, e a peça teatral “Bailei na Curva”, que estreou em 1983, pelo grupo Do Jeito Que Dá – duas produções que discorriam em tom nostálgico e reflexivo sobre a experiência da geração que cresceu sob o período autoritário. Ao tratar de sexualidade, política, identidade, drogas e comportamento, as duas obras trabalhavam em cima da memória recente ao mesmo tempo em que narravam o diálogo entre a transgressão e a inocência naqueles tempos repressivos com um mesmo espaço, uma mesma cidade como cenário e protagonista: Porto Alegre.
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