As transformações no matriarcado nagô nos candomblés do estado do rio de janeiro (séculos XX e XXI):

a figura do homem no comando dos axés

Autores

  • Rodrigo Pereira

Palavras-chave:

Candomblé, Matriarcado Nagô, Família de Santo, Liderança em Terreiros, Rio de Janeiro

Resumo

O artigo visa apresentar uma amostragem de dados sobre candomblés fluminenses em que a quantidade de dirigentes do sexo masculino é maior que a feminina. A relação encontrada de 19 para 14 nos permite analisar esta transformação pelo viés histórico sob o prisma conceitual de ‘matriarcado nagô” elaborado pela pesquisadora Ruth Landes (2002). Para esta autora era inerente ao candomblé baiano da década 1930 analisado por ela a função da mulher em sua direção, o que se estendia ao transe, incorporação e danças litúrgicas nos ritos. Por outro lado, autores como Peter Fry (1982) e Patrícia Birman (1995) nos permitem neste texto discutir o tema e compreender como o sexo masculino, não nos apregoando às questões de sexualidade, tem ganhado espaço em um processo histórico de aceitação destes na liderança dos axés, o que pode ser visto nos dados apresentados para o Rio de Janeiro.

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Biografia do Autor

Rodrigo Pereira

Mestre em Arqueologia (UFRJ) e Mestre em Ciências Sociais (UERJ). Doutorando em
Arqueologia - Museu Nacional da Quinta da Boa Vista (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Lattes: http://lattes.cnpq.br/4995017237028742. Pesquisador do LHER/IH/UFRJ (Laboratório das Experiências Religiosas, Instituto do História da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Arquivos adicionais

Publicado

18-12-2015

Como Citar

PEREIRA, R. As transformações no matriarcado nagô nos candomblés do estado do rio de janeiro (séculos XX e XXI):: a figura do homem no comando dos axés. Revista Espacialidades, [S. l.], v. 8, n. 01, p. 340–369, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/espacialidades/article/view/17765. Acesso em: 22 dez. 2024.