Migrações Terena para a periferia de Campo Grande (MS)

a manutenção de relações tradicionais de parentesco em contextos urbanos

Autores

  • Luiz Felipe Barros Lima PPGAS/UFMS
  • Victor Ferri Mauro

DOI:

https://doi.org/10.21680/1984-817X.2019v15n02ID20304

Palavras-chave:

Terena, Parentesco, Mobilidades indígenas, Etnicidade

Resumo

Este artigo apresenta uma análise do deslocamento espacial de um pequeno grupo de indígenas Terena oriundo de aldeias no interior de Mato Grosso do Sul para um bairro periférico da capital daquele estado - Campo Grande -, chamado Jardim Inápolis, e também investiga estratégias de adaptação ao novo ambiente que incluem a manutenção de redes de parentesco e compadrio que vinculam pessoas dentro desse grupo de acordo com padrões tradicionais da etnia. A análise se respalda em informações obtidas em extenso levantamento bibliográfico de obras escritas sobre os Terena articuladas a informações produzidas em campo a partir de observações diretas e conversas com líderes de duas famílias indígenas moradoras da comunidade em questão. Ao final, percebe-se nesse caso a manutenção de práticas tradicionais de organização sócio-espacial e relações de parentesco típicas dos Terena adaptada ao contexto urbano e a emergência de um processo de territorialização fortalecido por elaborações e ressignificações culturais que operam como marcadores da identidade étnica em contraste com a sociedade envolvente.

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Publicado

16-04-2020

Como Citar

BARROS LIMA, L. F.; FERRI MAURO, V. Migrações Terena para a periferia de Campo Grande (MS): a manutenção de relações tradicionais de parentesco em contextos urbanos. Revista Espacialidades, [S. l.], v. 15, n. 02, p. 162–187, 2020. DOI: 10.21680/1984-817X.2019v15n02ID20304. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/espacialidades/article/view/20304. Acesso em: 22 dez. 2024.