"LUCAS, O SALTEADOR":
ecos de uma memória única na Feira de Santana de 1920
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2021v17n2ID23636Resumo
O objetivo do artigo consiste em examinar a construção de uma memória única sobre Lucas da Feira, entre os anos de 1923-1924, na crônica jornalística intitulada, Chronicas Feirenses, escrita pelo jornalista Arnold Silva, durante o processo de transformação de Feira de Santana como urbe civilizada. Orientaram os caminhos das análises os conceitos de: memória (Le Goff); estereotipagem (Stuart Hall) e razão negra (Achille Mbembe) e nos possibilitou entender como o ato de rememorar conduziu à prática representacional sobre Lucas da Feira, ao passo que os discursos promoveram a consciência Ocidental sobre o negro, cujo intuito era o projeto de silenciar o passado escravocrata da história de Feira de Santana e reduzir as histórias sobre Lucas da Feira à história única do negro salteador.
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