A PONTE MONUMENTAL DE NIEMEYER:

narrativa e Imaginário como campos de disputas por meio de uma nomenclatura

Autores

  • Arthur Gomes Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.21680/1984-817X.2022v18n2ID28252

Palavras-chave:

Memória, Imaginário, Narrativa, Ponte Costa e Silva

Resumo

O presente artigo propõe a analisar as disputas simbólicas que se desdobram a partir da Ponte Monumental projetada por Oscar Niemeyer em Brasília. Apesar do nome dado por seu autor, a ponte foi inaugurada com o nome de um ditador, Ponte Costa e Silva, e desde então passa por processos de disputa que organizam em si questões referentes à memória urbana, narrativas sobre a cidade, o simbolismo e significado dos objetos urbanos. Nessa perspectiva, por meio das noções de imaginário social e narrativa, evidencia-se a questão em disputa: a memória no espaço urbano. Por meio da revisão bibliográfica e do estudo do caso específico propõe-se um tensionamento da questão, abordando os usos da memória na manutenção de narrativas complexas.

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Biografia do Autor

Arthur Gomes, Universidade de Brasília

Museologo, mestre em Arquitetura e Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília - PPGFAU-UnB. Desenvolve pesquisas sobre o patrimônio contempoâneo, usos da memória, monumentos e vinculações entre arte e patrimônio.

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Publicado

31-12-2022

Como Citar

GOMES, A. A PONTE MONUMENTAL DE NIEMEYER:: narrativa e Imaginário como campos de disputas por meio de uma nomenclatura. Revista Espacialidades, [S. l.], v. 18, n. 2, p. 316–341, 2022. DOI: 10.21680/1984-817X.2022v18n2ID28252. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/espacialidades/article/view/28252. Acesso em: 22 dez. 2024.