A poética do detalhe em Maus e Persépolis: autoritarismo, resistência & quadrinhos

Autores

  • Michelle dos Santos

Palavras-chave:

repressão, resistência, detalhes, quadrinhos

Resumo

Maus: a história de um sobrevivente, de Art Spielgeman e Persépolis, de Marjane Satrapi, sáo romances gráficos que narram, respectivamente, a obstinaçáo de Vladek Spielgeman, pai do quadrinista e sobrevivente de Auschwitz, no intuito de escapar à escalada da perseguiçáo nazista aos judeus e do Holocausto; e as oposições da própria autora à República Islâmica do Irá. Minha intençáo é discutir como em ambos proliferam imagens de resistência, mas, elas adquirem, sobretudo, uma forma silenciosa, subterrânea, pormenorizada, fato este que se deve, em grande parte, ao terror institucionalizado por esses regimes. Tanto a história de Vladek quanto a de Marjane, cada qual mergulhada em seu ambiente político específico, fizeram de Maus e Persépolis espaços da “poética do detalhe”. Aí, os grandes movimentos coletivos, a formaçáo de milícias armadas cedem espaço para resistências cotidianas, veladas e sutis, que náo querem se revelar como tais. 


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Publicado

18-10-2012

Como Citar

SANTOS, M. dos. A poética do detalhe em Maus e Persépolis: autoritarismo, resistência & quadrinhos. Mneme - Revista de Humanidades, [S. l.], v. 13, n. 31, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/1825. Acesso em: 20 abr. 2024.