EFEMÉRIDE, DEMANDAS DO PRESENTE E USOS PÚBLICOS DO PASSADO: A CATARSE DO FILME AINDA ESTOU AQUI (2024) COMO REPRESENTAÇÃO DA HISTÓRIA DA DITADURA BRASILEIRA

Autores

  • Ana Carolina Machado Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Resumo

O artigo aborda a catarse do filme Ainda Estou Aqui (2024) como uma representação pública da história da ditadura no tempo presente que, ao tematizá-la, não apenas contou uma determinada narrativa acerca do período através da linguagem cinematográfica, mas levantou no espaço público - alcançado milhões de pessoas - uma importante reflexão sobre memória, trauma, luto, esquecimento, reparação e justiça, enfatizando a importância das políticas de memória sobre o período, com ênfase para o papel da Comissão Nacional da verdade (CNV). Em diálogo com as discussões da história do tempo presente, da historiografia sobre a ditadura no Brasil e da história pública, o texto interpreta o filme como produto cultural inserido em um cenário de batalhas de memória sobre o período. Nesse cenário de disputas, diferentes usos públicos e políticos do passado e da memória são realizados, confluindo e se chocando, a fim de elaborar interpretações distintas que buscam dar inteligibilidade a esse passado recente, especialmente em momentos de efeméride como no qual o filme foi lançado, que marcou o aniversário de sessenta anos do golpe que instaurou a ditadura no Brasil.

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Publicado

22-12-2025

Como Citar

MACHADO, Ana Carolina. EFEMÉRIDE, DEMANDAS DO PRESENTE E USOS PÚBLICOS DO PASSADO: A CATARSE DO FILME AINDA ESTOU AQUI (2024) COMO REPRESENTAÇÃO DA HISTÓRIA DA DITADURA BRASILEIRA . Mneme - Revista de Humanidades, [S. l.], v. 28, n. 51, 2025. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/40059. Acesso em: 24 dez. 2025.