Couro marcado a ferro e fogo: cotidiano e vivência da marca de ferrar gado no Seridó Potiguar
Palabras clave:
Seridó, Ferro de marcar gado, PecuáriaResumen
Estudar as marcas de ferrar no Sertáo do Seridó, debruçando o olhar para além da cicatriz impressa no couro do gado, é a temática que pretendemos discorrer nesse ensaio. O interesse da empreitada assumida diante desse estudo veio da vontade de investigarmos algum tema ligado ao meio rural, lugar onde as recordações do viver quando crianças náo nos deixam nos desligar do mato, da terra e do cheiro do estrume oriundos dos currais. É importante que frisemos, também, a importância do trabalho em epígrafe pelo fato de existirem escassas pesquisas acadêmicas sobre o assunto, ao que excetuamos algumas obras da literatura regional. Sendo tradicionalmente usadas como apetrechos para marcar os animais, a chegada, fixaçáo e proliferaçáo junto com os rebanhos, das marcas de ferrar gado, e a sua compreensáo enquanto instrumento identificador do homem sertanejo e da sua parentela constitui-se enquanto foco desta pesquisa. O aporte teórico deste estudo guia-se pelos meandros da História Cultural, utilizando da lavra de Carlo Ginzburg o método indiciário. As fontes utilizadas para a confecçáo do presente estudo foram, além da literatura regional, livros de registro de ferro contidos nos arquivos das Prefeituras Municipais da regiáo e documentos manuscritos do 1º e 3º Cartório Judiciário da Comarca de Caicó, custodiados pelo Laboratório de Documentaçáo Histórica do Centro de Ensino Superior do Seridó.
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