Ser-tão esquecido:

a segregação e os campos de concentração na seca de 1932

Autores

  • Débora Passos de Oliveira Doutora em Educação – Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Lays Mendes Silva Psicóloga – Universidade de Fortaleza(UNIFOR)

Resumo

Este trabalho apresenta – a partir de uma leitura psicanalítica com ênfase na noção de segregação – o fato histórico da existência de campos de concentração no Ceará e o alojamento de pessoas vindas do interior no ano de 1932. Para tal estudo, dividimos o trabalho em duas partes: na primeira, tomamos como base a obra Isolamento e Poder, de Kênia Rios (2014) e, na segunda, fizemos um percurso através das investigações freudianas, perpassando pela leitura de Kehl (2010), até chegar em Lacan a partir de Askofaré (1999/2009). As principais fontes de pesquisa foram livros, artigos de revistas e meios eletrônicos. No tópico Resultados e Discussão, apresentamos definições que se entrelaçam com a história, tal como civilização e barbárie, e que se encaixam perfeitamente com a descrição dos fatos. Dissertamos sobre a queda do pai e a vitória do pacto entre irmãos em prol do enlaçamento social e fizemos uma leitura acerca da segregação dos povos, tão nítida nas concentrações cearenses. Ao finalizar, lançamos uma perspectiva filosófica do homem e seus restos, tal como nos convida a pensar Agamben, e trazemos à tona a reflexão de Arendt, tão presente nos dias atuais. Nossa intenção é fazer com que seu alerta não seja esquecido, como constantemente é a história, ou seja, é lembrar que o mal é possível em nós mesmos.

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Publicado

18-08-2019

Como Citar

OLIVEIRA, D. P. de; SILVA, L. M. Ser-tão esquecido:: a segregação e os campos de concentração na seca de 1932. Mneme - Revista de Humanidades, [S. l.], v. 19, n. 42, p. 78–116, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/16063. Acesso em: 28 mar. 2024.