Educação de surdos numa perspectiva do Feminismo Negro
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2020v5n1ID19796Palavras-chave:
Surdez, Educação de surdos, Gênero, Pedagogia FeministaResumo
O presente artigo objetiva investigar como o tema gênero tem sido tratado nas pesquisas voltadas para a Educação de surdos. Realizou-se, para tanto, levantamento bibliográfico, na Scientific Electronic Library Online - SciELO e Google Scholar, de textos publicados entre 2008 e 2018, tendo por descritores de busca as palavras: “surdos”, “surdez”, “surda”, “gênero”, “sexualidade” e “sexo”. Ficou demonstrado que as pesquisas na área da surdez tendem a considerar apenas os aspectos linguísticos do surdo. Mesmo quando se discute identidade surda, temas como etnia/raça, gênero, sexualidade e classe social são deixados em segundo plano ou sequer são mencionados. A população surda ainda está caminhando no sentido de ser reconhecida e de ter sua língua respeitada; provavelmente por isso, essas temáticas no âmbito das pesquisas educacionais tenham se revelado ainda pouco discutidas. É preciso considerar, entretanto, que a comunidade surda não é homogênea: existem interseccionalidades que podem incidir sobre a vida das pessoas que fazem parte dessa população. A discriminação sofrida por ser um sujeito surdo é agravada se somada ao racismo, machismo e a LGBTfobia. Tornam-se necessários estudos da sobreposição surdez-etnia/raça - gênero e sexualidade no rol de interesses dos(as) pesquisadores(as) em Educação Especial e Inclusão para ressignificar concepções e práticas voltadas para a população surda que por muito tempo foi espoliada e cerceada de seus direitos.
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