Violence and patriarchy as a literary faces of a pedagogy of cruelty in Latin America

Authors

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2435.2023v8nEspecialID32407

Keywords:

Gender violence, femicide, Patriarchy, Latin American Women's Literature

Abstract

This paper aims to discuss, based on decolonial criticism, the marks of patriarchal violence bequeathed by the colonial process as a constant in the works of Latin American writers. To this end, we intend to undertake the analysis of the representation of feminicide in three literary works by contemporary authors: Ponciá Vicêncio, by Conceição Evaristo; Black Romance with Argentines, by Luisa Valenzuela; and Never Fire Never, by Diamela Eltit. A critical reading of the works demonstrates that the violence exerted on the female body since the conquest process has decisively affected the marks of a pedagogy of cruelty (Segato, 2018) that reverberates in the reproduction of gender violence in the socio-cultural context of Latin America. The work has theoretical support from decolonial political feminisms (Vergès, 2020) and indicates that Latin American women's literature acts as a possible form of counter-pedagogy of cruelty, in the form of denunciation or protest.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Michele Freire Schiffler, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui graduação em Letras (Português/Espanhol) pela Universidade Federal de São Carlos (2002) e mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2006). Doutora em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (2014), atualmente é pesquisadora no Núcleo de Estudos e Pesquisas Africanidades e Brasilidades (NAFRICAB) e do Grupo de Estudos Bakhtinianos (GEBAKH), da Universidade Federal do Espírito Santo, atuando como Bolsista de Pós-Doutoramento Capes/Fapes, junto ao Programa de Pós-graduação em Linguística (PPGEL UFES). Tem experiência nas áreas de Educação e Linguística Aplicada, com ênfase em Estudos Culturais, atuando principalmente nos seguintes temas: processo educacional formativo, indústria cultural, Teoria Crítica, literatura brasileira, Machado de Assis, história da arte, cultura hispânica, literatura espanhola e hispano-americana, teatro popular, análise do discurso, literatura de resistência, multiculturalismo, cultura e identidade, Pós-Colonialismo, estudos africanos, performances e comunidades tradicionais. Em 2013, participou do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior, Capes, realizando pesquisas junto ao Centro de Estudos Africanos do Instituto Universitário de Lisboa, Portugal.

References

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.

BENJAMIN, W. Magia e Técnica, Arte Política. Ensaios sobre Literatura e História da Cultura. In: Obras Escolhidas. v.1. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.

BUENO, Samira; LIMA, Renato Sérgio de (org.). Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Oficina 22, 2022.

COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Trad.

Cleonice Paes Barreto Mourão e Consuelo Fortes Santiago. 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

CRENSHAW, Kimberle. Mapping the Margins: intersectionality,identity politics and violence against women of colour. Stanford Law Review, v. 43, jul. 1991, p. 1241-1299. Disponível em: mapping-the-margins-intersectionality-identity-politics-and-violence-against-women-of-color-kimberle-crenshaw1.pdf (wordpress.com). Acesso em: 28 set. 2022.

ELTIT, Diamela. Jamás el Fuego Nunca. España: Editorial Periférica, 2012.

ELTIT, Diamela. Jamais o Fogo Nunca. Belo Horizonte: Relicário Edições, 2017.

EVARISTO, Conceição. Ponciá Vicêncio. 3. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2018.

EVARISTO, Conceição. A Escrevivência e seus Subtextos. In: DUARTE, Constância Lima; NUNES Isabella Rosado (Orgs.). Escrevivência: a escrita de nós – reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020. p. 26-47.

GOBIERNO DE CHILE. Informe Anual – 2021. Chile: Circuito Interseccional de Feminicidio, 2022.

GONZALES, Lélia. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano. In: Caderno de Formação Política do Círculo Palmarino, n. 1, 2011. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/375002/mod_resource/content/0/caderno-de-forma%C3%A7%C3%A3o-do-CP_1.pdf. Acesso em: 17 out. 2022.

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (org.) Atlas da Violência 2019. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2021.

LUGONES, María. Hacia un Feminismo Descolonial. Hypatia, v. 25, n. 4, 2010.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: Clacso, 2005.

SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, Patriarcado e Violência. São Paulo: Expressão Popular, 2015.

SEGATO, Rita. Que es un Feminicidio. Notas para um debate emergente. Revista Mora. Instituto Interdisciplinario de Estudios de Género, Universidad de Buenos Aires, n. 12, 2006.

SEGATO, Rita. Contra-pedagogías de la Crueldad. 1. ed. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2018.

VALENZUELA, Luisa. Romance Negro com Argentinos. Rio de Janeiro; Belo Horizonte: Rios Ambiciosos; Autêntica, 2001.

VALENZUELA, Luisa. Novela negra con argentinos. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2016.

VERGÈS, Françoise. Um Feminismo Decolonial. São Paulo: Ubu, 2020.

WALSH, Catherine. Interculturalidad y (de)colonialidad: Perspectivas críticas

y políticas. Visão Global, Joaçaba, v. 15, n. 1-2, p. 61-74, jan./dez. 2012.

Published

30-11-2023

How to Cite

FREIRE SCHIFFLER, M. Violence and patriarchy as a literary faces of a pedagogy of cruelty in Latin America. Odisseia, [S. l.], v. 8, n. Especial, p. 269–285, 2023. DOI: 10.21680/1983-2435.2023v8nEspecialID32407. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/32407. Acesso em: 18 may. 2024.