O silenciamento, a resistência feminina e a constituição simbolista de Flora, por Machado de Assis
DOI :
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2025v10n1ID38712Mots-clés :
Flora, características simbolistas, resistência feminina, Machado de AssisRésumé
O objetivo deste artigo é apontar de modo interpretativo o perfil da personagem Flora, do penúltimo romance de Machado de Assis Esaú e Jacó, na perspectiva das características literárias correspondentes ao Simbolismo, principalmente, no que concerne ao caráter nefelibata elaborado para descrever a identidade feminina a priori, silenciada e indecisa apresentada por ela e, como seu comportamento contribui para promover uma ação de resistência ao patriarcado, sobretudo em relação à obrigatoriedade do casamento. Para tanto, a pesquisa foi realizada com base em revisões de literatura de determinados conceitos acerca desse movimento estético, a partir de diferentes pressupostos teóricos, a fim de alicerçar a argumentação no decorrer do estudo que se propôs ler a personagem, pertencente a um texto da segunda fase do escritor (realista), como simbolista.
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