Amor como um modo existencial de afinação [Love as an existential mode of attunement]

Autores

  • Acylene Maria Cabral Ferreira UFBA

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2109.2016v23n42ID10093

Palavras-chave:

Amor, Afinação, Modo existencial, Em-virtude-de, Ser-em, Ser-com

Resumo

Pretendemos responder à pergunta: por que amamos? Pressupomos que amamos porque, enquanto Dasein, somos constituídos por existenciais que nos estruturam como abertura para o ser, para o outro e para o mundo. Nosso objetivo consiste em indicar os conceitos da analítica existencial que, a nosso ver, são basilares para fundamentarmos o amor como um modo de ser do Dasein, isto é, como uma modificação existencial do Dasein enquanto ser-no-mundo. Nossa hipótese consiste em que o amor é um modo ou uma modificação do existencial da disposição (Befindlichkeit), portanto, uma afinação (Stimmung); quer dizer, uma maneira do Dasein estar afinado com alguém ou com algo do mundo. Na primeira parte de nossa exposição, mostraremos por que podemos considerar o amor como uma modificação existencial; na segunda, discutiremos em que medida podemos afirmar que o amor é originário dos existenciais do ser-em, do ser-com e do caráter em-virtude-de (Umwillen).

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Publicado

16-12-2016

Como Citar

FERREIRA, A. M. C. Amor como um modo existencial de afinação [Love as an existential mode of attunement]. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 23, n. 42, p. 99–124, 2016. DOI: 10.21680/1983-2109.2016v23n42ID10093. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/10093. Acesso em: 22 dez. 2024.