Trágica, não absurda

sobre a ação na obra de Hannah Arendt

Autores

  • Adriano Correia filosofia.ufg.br

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2109.2018v25n48ID14298

Palavras-chave:

Ação, Reconciliação, Trágico, Hannah Arendt.

Resumo

Um dos movimentos centrais de A condição humana, de Hannah Arendt, é a análise das características fundamentais da atividade da ação, notadamente sua capacidade de estabelecer novos inícios em uma teia de relações humanas. É decisivo para Arendt destacar a articulação estreita entre ação e liberdade e entre liberdade e pluralidade. Em vista disto, ela sustenta que a liberdade só pode se dar em condições de não-soberania. Não obstante, julga que no âmbito da ação podem ser encontrados os remédios para suas fragilidades: a irreversibilidade, a imprevisibilidade, a ilimitabilidade e a ambiguidade, remediadas pelo perdão, pela promessa, pelo “agir em concerto” e pelo intercâmbio de perspectivas em um mundo comum. Na compreensão da ação é decisivo perceber que as fontes de sua dignidade são as mesmas da sua fragilidade e que a reconciliação com o aspecto trágico de sua não-soberania se dá pelas potencialidades da própria ação.

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Biografia do Autor

Adriano Correia, filosofia.ufg.br

Professor de Filosofia da Universidade Federal de Goiás. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

 

Referências

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Publicado

03-09-2018

Como Citar

CORREIA, A. Trágica, não absurda: sobre a ação na obra de Hannah Arendt. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 25, n. 48, p. 157–170, 2018. DOI: 10.21680/1983-2109.2018v25n48ID14298. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/14298. Acesso em: 21 nov. 2024.